Publicado 23/12/2025 11:14

A introdução do nirsevimab marca uma "mudança histórica" para bronquiolite grave em bebês

Menina com gripe.
HM HOSPITALES

A gripe domina as infecções respiratórias infantis nesta temporada

MADRID, 23 dez. (EUROPA PRESS) -

A pediatra Silvina Natalini Martínez, especialista assistente do HM Puerta del Sur, enfatizou que a introdução do anticorpo monoclonal nirsevimab como tratamento preventivo em bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR) reduziu significativamente o número de bronquiolite nessa população e as internações hospitalares, o que é uma mudança histórica.

"Isso tornou possível evitar o colapso das UTIs pediátricas que vínhamos sofrendo a cada inverno", explicou o Dr. Natalini, diretor da Unidade de Pesquisa de Vacinas da Fundação de Pesquisa dos Hospitais HM (FiHM), levando em conta que o VSR é responsável pela maioria dos casos de bronquiolite grave em bebês com menos de seis meses.

Em estudos clínicos, o nirsevimab já demonstrou ajudar muitas crianças a evitar a doença durante o primeiro ano de vida. Agora, na prática clínica real, a eficácia em evitar internações hospitalares ultrapassa 80%, de acordo com o especialista, razão pela qual essa estratégia se consolidou como um marco na pediatria.

De acordo com estimativas feitas nos Estados Unidos, se metade de todos os nascimentos recebesse nirsevimab, seriam evitadas anualmente mais de 100.000 visitas à atenção primária, mais de 38.000 visitas ao pronto-socorro e mais de 14.000 hospitalizações relacionadas ao VSR.

MUDANÇA PARA O PREDOMÍNIO DA INFLUENZA

Natalini explicou que a implementação desse tratamento ajudou a reduzir o impacto do RSV, que nesta temporada foi substituído pela gripe. "A gripe é atualmente o vírus respiratório mais comum em crianças. Esta temporada chegou cerca de quatro semanas mais cedo do que nos anos anteriores e estamos observando o maior pico dos últimos cinco anos", disse ele.

O início da temporada está associado à circulação da variante K do vírus influenza A (H3N2). "Essa é uma mudança genética no vírus que reduz nossa imunidade anterior e facilita um maior contágio", explicou a especialista. Ela também apontou que a vacina foi projetada antes do surgimento dessa variante, o que levou a uma incompatibilidade com essa cepa específica.

A pediatra alertou que as crianças mais novas são as mais vulneráveis e, por isso, recomendou que as famílias prestem atenção especial ao desconforto respiratório, um sintoma que sempre requer avaliação médica. No caso de processos febris, ela aconselhou manter um controle a cada 48 horas para acompanhar a evolução e detectar possíveis complicações precocemente.

Pediu também que as pessoas tomem precauções em reuniões familiares e com amigos, pois locais fechados são propícios à transmissão. Se houver sintomas respiratórios, é aconselhável evitar o contato social.

Embora a gripe tenha sido até agora o vírus dominante do inverno, os especialistas preveem uma mudança progressiva na circulação viral. De acordo com Natalini, quando a gripe começar sua curva descendente, o VSR e outros vírus respiratórios surgirão, portanto, espera-se um aumento nas infecções por VSR em crianças entre seis meses e três anos de idade, bem como em idosos, um grupo particularmente relevante devido ao contato próximo com crianças.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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