Publicado 22/10/2025 08:55

Infecções sexualmente transmissíveis aumentam na Espanha, especialmente em menores de 25 anos

Archivo - Arquivo - Duas pessoas segurando um preservativo em suas mãos
DIPUTACIÓN DE BARCELONA - Arquivo

Casos de gonorreia e clamídia estão aumentando

MADRID, 22 out. (EUROPA PRESS) -

As infecções sexualmente transmissíveis continuam a aumentar na Espanha, de acordo com um relatório publicado pelo Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII), que confirma mais infecções em homens do que em mulheres, e maior incidência em pessoas com menos de 25 anos de idade, especialmente em infecções gonocócicas (gonorreia) e clamídia.

Assim, o Relatório de Vigilância Epidemiológica de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) na Espanha de 2024 - publicado pelo Instituto ISCIII por meio de seu Centro Nacional de Epidemiologia (CNE) e em coordenação com o Ministério da Saúde - destaca a tendência observada em relatórios anteriores, já que as taxas continuam a subir com um aumento sustentado de casos.

De acordo com o Ministério da Saúde, as DSTs são um grupo de patologias de origem infecciosa em que a principal via de aquisição são as relações sexuais, embora possam ter outros modos de transmissão. São causadas por diferentes microorganismos, que podem ser vírus, bactérias, protozoários ou ectoparasitas.

Mais de 20 ISTs foram descritas e algumas das mais conhecidas são sífilis, clamídia, gonorreia, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), papilomavírus humano (HPV), vírus do herpes genital, tricomoníase, pediculose púbica e sarna.

O relatório observa que 41.918 infecções por "Chlamydia trachomatis" foram diagnosticadas no ano passado, o que representa 10,2% a mais de casos do que em 2023. Esses 41.918 casos significam uma taxa de 86,26 casos por 100.000 habitantes. As taxas mais altas foram observadas na Catalunha (203,44), no País Basco (129,33), em Navarra (125,50) e em Madri (100,03). As comunidades autônomas com as taxas mais baixas foram Astúrias (1,69), Aragão (4,97) e as Ilhas Baleares (13,07). Ceuta não registrou nenhum caso.

Foram diagnosticados 37.257 casos de infecção gonocócica, 7,2% a mais do que no ano anterior. A taxa é de 76,63 por 100.000 habitantes. As taxas mais altas foram registradas na Catalunha (161,27), em Madri (125,26), no País Basco (75,95) e nas Ilhas Canárias (65,26). As taxas mais baixas foram registradas em Astúrias (2,38), Melilla (4,65), Aragão (9,47) e Castela e Leão (16,47). Ceuta não registrou nenhum caso.

Enquanto isso, foram registrados 11.930 casos de sífilis (taxa: 24,54 por 100.000 habitantes), 6,7% a mais do que em 2023. As regiões autônomas que relataram as taxas mais altas em 2024 foram as Ilhas Canárias (41,45), Catalunha (33,85), Ilhas Baleares (33,77) e Madri (30,29). Aquelas com a menor incidência foram Astúrias (2,87), Aragão (4,44) e La Rioja (5,24).

No caso do linfogranuloma venéreo, foi registrado um total de 1.996 casos, ou seja, 10,2% a mais do que no ano anterior. As taxas mais altas ocorreram na Catalunha, na Comunidade de Madri, no País Basco e nas Ilhas Canárias. Ceuta e Melilla não registraram nenhum caso em 2024.

A INFECÇÃO GONOCÓCICA É A QUE MAIS CRESCE

O documento reflete que a taxa de crescimento das taxas de infecção gonocócica é de 28,9% ao ano entre 2020 e 2024, e que as taxas de sífilis cresceram entre 2021 e 2024 em quase 20% ao ano. Além disso, esses aumentos também são observados na infecção por clamídia, com as taxas aumentando em quase 20% ao ano entre 2016 e 2024.

Como em relatórios anteriores, os autores alertam que a comparação das taxas de incidência de DSTs por comunidade autônoma pode ser afetada por algumas diferenças nos sistemas de vigilância regionais. Como eles lembram, em 2024 todas as regiões autônomas tinham sistemas de vigilância com notificação individualizada para infecção gonocócica, sífilis, sífilis congênita e infecção por "Chlamydia trachomatis", mas ainda há espaço para melhorias no preenchimento de algumas variáveis no processo de notificação, especialmente aquelas relacionadas ao modo de transmissão.

PLANO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES POR HIV E STIS

O Ministério da Saúde lembra que as informações geradas pelos sistemas de vigilância epidemiológica são um elemento essencial para acompanhar as medidas e ações contempladas no Plano de Prevenção e Controle do HIV e das ISTs 2021-2030.

Esse plano visa a eliminar essas infecções como um problema de saúde pública até 2030. A estratégia baseia-se em uma abordagem abrangente que inclui prevenção, diagnóstico precoce, tratamento oportuno, cuidados crônicos e melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas.

Além disso, o plano dá ênfase especial ao combate ao estigma e à discriminação associados ao HIV e às infecções sexualmente transmissíveis, promovendo assim uma resposta mais inclusiva e eficaz.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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