Ricardo Rubio - Europa Press - Arquivo
MADRID 19 dez. (EUROPA PRESS) -
A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) e a União da Imprensa Francófona (UPF) anunciaram um prêmio em memória da jornalista Shirin abu Akle, que morreu em 2022 após ser baleada na cabeça enquanto cobria uma operação do exército israelense em Jenin, na Cisjordânia.
"Prestamos homenagem à coragem e ao compromisso das mulheres jornalistas em todo o mundo e reafirmamos nosso compromisso com a liberdade de imprensa e a segurança das mulheres jornalistas", disseram as associações em uma declaração conjunta, observando que o prêmio, que será concedido anualmente, será dotado de 5.000 euros.
Nesse sentido, explicaram que o prêmio leva o nome da "renomada jornalista palestino-americana da Al Jazeera assassinada em 11 de maio de 2022 enquanto fazia uma reportagem no campo de refugiados de Jenin e presta homenagem às mulheres profissionais da mídia que arriscam sua segurança para informar o público e defender os mais altos padrões de jornalismo".
"Abu Akle foi claramente identificada como jornalista no momento de seu assassinato, pois estava usando um colete à prova de balas e um capacete, tornando sua morte um símbolo claro dos perigos que os jornalistas, especialmente as mulheres jornalistas, continuam a enfrentar", afirma o documento.
Eles também disseram que buscam "destacar a deterioração alarmante da segurança dos jornalistas em todo o mundo, que afeta desproporcionalmente as mulheres jornalistas, que estão sujeitas a ameaças, assédio on-line, violência sexual e ataques mortais".
O prêmio está aberto a mulheres jornalistas, fotógrafas e jornalistas de vídeo de todas as nacionalidades, idiomas e plataformas de mídia, desde que possuam uma carteira de imprensa profissional reconhecida. As candidatas podem se inscrever sozinhas ou ser indicadas por seu veículo de mídia ou por terceiros.
A seleção da vencedora será supervisionada por um comitê independente composto por representantes da IFJ, da UPF, da UNESCO, da Organisation Internationale de la Francophonie (OIF) e três jornalistas de destaque.
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