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MADRID 9 dez. (EUROPA PRESS) -
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) calculou em 111 o número de jornalistas mortos este ano, 46% dos quais foram assassinados na Faixa de Gaza, no contexto da ofensiva israelense contra o enclave palestino.
O relatório anual sobre jornalistas e profissionais da mídia mortos em 2025, publicado na véspera do Dia dos Direitos Humanos, destaca "outro ano altamente letal" para a profissão jornalística, que, pelo terceiro ano consecutivo, afeta particularmente a região do Oriente Médio.
"Com 69 jornalistas mortos, incluindo 51 na Palestina, o Oriente Médio e a região árabe foram responsáveis por 62% de todos os profissionais da mídia mortos em todo o mundo", disse a IFJ, denunciando um "registro macabro".
O Iêmen está em segundo lugar, com 13 mortes, seguido pela Ucrânia, com oito. O Sudão tem seis, a Índia, quatro, e vários países, incluindo Filipinas, México, Peru e Paquistão, perderam três jornalistas cada.
Na Ásia-Pacífico, um total de 15 jornalistas foram mortos, mas essa também se destaca como a região com o maior número de repórteres presos por seu trabalho: 277, dos quais 143 estão atrás das grades na China, que "continua sendo a maior prisão do mundo para profissionais da mídia".
Na Europa, houve dez assassinatos: a terceira vez nos últimos anos que um número tão alto de jornalistas foi morto, primeiro em 2015, com o massacre do Charlie Hebdo em Paris, e depois em 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Na África, nove profissionais da mídia foram mortos este ano, e "mais uma vez" o Sudão foi "o epicentro dos assassinatos de jornalistas na região, com seis das mortes". Nas Américas, a região registrou oito assassinatos, com o México e o Peru no topo da lista.
Para a IFJ, esses números destacam a concentração do perigo em zonas de conflito, ao mesmo tempo em que enfatizam a necessidade de fortalecer a proteção dos profissionais da mídia e de levar à justiça aqueles que matam jornalistas.
Desde o lançamento da lista anual de jornalistas mortos, a IFJ registrou mais de 3.150 mortes em todo o mundo, uma média de 91 mortes por ano, e 859 nos últimos anos. Em 2024, a IFJ documentou 122 mortes.
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