Publicado 03/11/2025 14:48

Herdeiros de um casal judeu processam o Metropolitan de Nova York por ocultar a procedência nazista de um quadro de Van Gogh

Archivo - Arquivo - Van Gogh Alive Málaga exposição itinerante cultura
ÁLEX ZEA/EUROPA PRESS - Arquivo

MADRID 3 nov. (EUROPA PRESS) -

Os herdeiros de um casal judeu que fugiu da Alemanha nazista apresentaram uma queixa contra o Metropolitan Museum of Art (Met), em Nova York, que acusam de ter ocultado a origem de uma pintura de Van Gogh, 'Olive Harvest', que veio da Alemanha nazista e foi vendida na década de 1970 para a Fundação Goulandris, em Atenas, de acordo com o jornal francês 'Le Figaro'.

A tela, pintada em 1889, fazia parte da coleção de Hedwig e Frederick Stern, que deixaram Munique em 1936 para fugir do nazismo. De acordo com a denúncia, a administração nazista proibiu a exportação da obra, mas permitiu que ela fosse vendida a um negociante de arte, desviando os lucros, o que os herdeiros consideram uma forma de pilhagem.

A pintura reapareceu nos Estados Unidos, primeiro nas mãos do magnata Vincent Astor e depois na coleção do Met, que a comprou em 1956 por US$ 125.000. Duas décadas depois, o museu a vendeu para a fundação grega. Conforme relata o 'Le Figaro', os autores da ação interpretam essa transação como "uma tentativa de encobrir a procedência da pintura".

A Fundação Goulandris também foi incluída na queixa, pois os herdeiros consideram que a instituição "removeu toda referência à propriedade da família Stern sobre a pintura entre 1935 e 1938", como explica o jornal francês. Eles estão exigindo a restituição da obra e uma indenização proporcional ao valor que o Met teria obtido durante sua posse e venda.

O museu americano se defendeu explicando que a origem da pintura ficou conhecida décadas depois de sua aquisição. Por sua vez, a fundação ateniense rejeitou as acusações como "enganosas e incompletas", acrescenta Le Figaro.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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