Publicado 14/04/2025 08:34

Health defende a lei de medicamentos diante das críticas do setor: "Apenas um artigo e meio gera polêmica".

Archivo - Arquivo - A Ministra da Saúde, Mónica García, e o Secretário de Estado da Saúde, Javier Padilla, antes do início dos exames de admissão, no Ministério da Saúde, em 25 de janeiro de 2025, em Madri (Espanha). Hoje, o ex
Ricardo Rubio - Europa Press - Archivo

MADRID 14 abr. (EUROPA PRESS) -

O secretário de Estado da Saúde, Javier Padilla, defendeu na segunda-feira que, dos 146 artigos que fazem parte do projeto de Lei de Medicamentos e Dispositivos Médicos, "apenas um e meio" geraram "controvérsia" entre os diferentes atores do setor.

"De 146 artigos e 22 disposições adicionais, só temos dúvidas sobre um artigo e meio. Acredito que esse seria o projeto de lei que chegaria ao Congresso com a menor quantidade de incertezas a esse respeito", disse Padilla na segunda-feira em uma coletiva de imprensa no Ministério da Saúde, onde defendeu a lei contra as críticas do setor.

A esse respeito, Padilla enfatizou que "em poucas ocasiões nas últimas décadas" uma equipe ministerial ofereceu tantos cenários de "diálogo efetivo", enquanto confirmava que foram realizadas reuniões com os diferentes atores desde que o projeto de lei foi aprovado na última terça-feira no Conselho de Ministros.

"No dia em que o projeto de lei foi aprovado, convocamos o grupo de trabalho da comissão mista para que pudéssemos nos sentar à mesa com todos os atores envolvidos e conversar sobre o assunto", disse Padilla, que indicou que as críticas do setor "também fazem parte da negociação".

Da mesma forma, o Secretário de Estado advertiu que eles transmitiram ao setor que o Ministério "trabalha muito bem" no diálogo com uma estrutura proativa, mas "simplesmente com reclamações ou oposição a textos específicos sem declarar aonde querem chegar, é bastante difícil avançar". "Embora tenhamos encontrado em algumas das organizações uma estrutura concreta de propostas", acrescentou.

Por outro lado, ele lamentou que a indústria não tenha expressado sua opinião sobre algumas "propostas-chave do setor nas últimas duas décadas" refletidas na lei: "Estamos falando de inovação incremental, procedimentos de financiamento antecipado e condicional antes da decisão de financiamento da Comissão Interministerial de Preços de Medicamentos", destacou.

A esse respeito, Padilla anunciou que o Ministério pretende convocar os grupos parlamentares nas próximas semanas para conversar sobre o projeto de lei e, assim, permitir "gerar consenso" antes que o texto chegue ao Congresso dos Deputados.

DEFENDE O SISTEMA DE PREÇOS SELECIONADOS

O Secretário de Estado defendeu o sistema de preços selecionados da lei, uma das principais críticas do setor, e insistiu que o objetivo é aumentar a competitividade para "melhorar a penetração de genéricos e biossimilares".

Ele também descartou que o sistema de preços selecionados seja um leilão. "É um procedimento para incentivar a concorrência no contexto de preços que estão acima, e que isso visa principalmente a preços altos nos estágios iniciais, especialmente da concorrência", enfatizou.

Por sua vez, o diretor geral da Carteira Comum de Serviços e Farmácia do NHS, César Hernández, explicou que a Espanha tem uma baixa taxa de penetração de genéricos e biossimilares, o que significa que "as empresas têm poucos volumes para poder oferecer preços".

Hernández explicou que o sistema de preços selecionados, "sem ser intervencionista", busca produzir naturalmente a concorrência entre os diferentes produtores de medicamentos. "Não se trata necessariamente de buscar o menor preço", acrescentou.

ENFERMEIROS E FISIOTERAPEUTAS PODERÃO PRESCREVER MEDICAMENTOS

Nos últimos dias, várias sociedades médicas criticaram outro ponto da lei que permite que enfermeiros e fisioterapeutas prescrevam medicamentos a pacientes dentro de suas atribuições.

Nesse sentido, Padilla foi categórico e garantiu que esse elemento "vai estar presente", apesar da oposição dos médicos. "Nunca houve nenhuma reclamação com podólogos ou dentistas, mas quando se trata de tentar regulamentar outras profissões que também são universitárias e têm treinamento específico nesse campo, parece que há alguma controvérsia".

"Por um lado, reconhece uma realidade já existente, por outro lado, dá maior segurança jurídica aos profissionais nesse aspecto. Além disso, equipara qualificações que têm a mesma classificação e, além disso, vai fazer isso, embora posteriormente exija desenvolvimento na forma de um decreto real, dentro de uma estrutura que está dentro do escopo de suas competências", explicou.

Por fim, o Secretário de Estado descartou que a nova lei levará ao fechamento de farmácias e pediu para "abandonar o catastrofismo". "Isto não é 'A Ilíada', isto é um projeto de lei que basicamente tenta reconhecer e avançar em muitas competências profissionais dos farmacêuticos e acho que esse é um elemento que também deve ser colocado em cima da mesa", justificou.

Dessa forma, Padilla defendeu o fato de que os farmacêuticos sempre podem substituir alguns medicamentos com o mesmo princípio ativo, mas, apesar da faixa de preço, o paciente escolherá o medicamento que deseja. "Em outras palavras, se o paciente disser ao farmacêutico, eu quero que você me dê o medicamento que você me dá todos os dias, o farmacêutico terá que dar a ele", concluiu.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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