Publicado 19/11/2025 06:21

A Geração Z está revivendo uma tendência popular dos anos 2000, de acordo com um estudo.

MADRID 19 nov. (EUROPA PRESS) -

Durante anos, as mesas compartilhadas pareciam ser coisa do passado: uma lembrança daqueles restaurantes e cafés dos anos 2000 em que estranhos se sentavam lado a lado sem que ninguém considerasse isso estranho. No entanto, essa imagem que parecia ter sido arquivada na nostalgia está voltando com força* e isso está acontecendo graças à Geração Z.

Um novo estudo sobre refeições realizado em 2025 confirma que as pessoas mais jovens não apenas se sentem à vontade para comer com estranhos, como também consideram esse um dos melhores ambientes para socializar. Em uma época marcada pelo cansaço digital e pela necessidade de experiências mais autênticas, essa geração reviveu - e reinterpretou - um costume que muitos pensavam ter acabado.

O relatório, baseado em uma pesquisa representativa de 1.000 adultos norte-americanos realizada pela DKC Analytics, mostra uma mudança cultural inesperada: para a Geração Z, as experiências compartilhadas são mais importantes do que a privacidade na mesa de jantar. E, nessa arena, as mesas comunitárias voltaram a ocupar o centro do palco.

O RETORNO DAS MESAS COMPARTILHADAS: UM RENASCIMENTO LIDERADO PELA GERAÇÃO Z

De acordo com os dados da pesquisa, 90% dos jovens de 18 a 29 anos dizem que gostam de comer em mesas compartilhadas. Esse é um número impressionante em comparação com as gerações anteriores: entre os Baby Boomers, apenas 60% dizem que se sentem confortáveis nesse tipo de espaço.

A explicação parece clara: para essa geração, o restaurante se tornou um local privilegiado para se reconectar com pessoas fora da tela. Esse formato favorece a conversa casual, os encontros espontâneos e, ocasionalmente, algo mais:

1 em cada 3 jovens diz ter feito uma nova amizade em uma mesa compartilhada.

1 em cada 7 admite ter saído em um encontro graças a uma dessas experiências.

O estudo acrescenta que Washington D.C. é a cidade onde a maioria dos comensais acaba se sentando nesse tipo de mesa, seguida por grandes centros gastronômicos, como Nova York ou Chicago.

O PODER DA SOCIALIZAÇÃO FORA DA TELA

Embora possa parecer uma moda passageira, o relatório aponta que esse ressurgimento está intimamente relacionado ao cansaço da vida digital. Refeições sem celular, conversas espontâneas e o ato de compartilhar o espaço estão fazendo sentido novamente em um mundo saturado de notificações.

A pesquisa confirma que 63% dos comensais consideram as mesas compartilhadas um lugar ideal para "conhecer novas pessoas" e que metade dos entrevistados afirma ter tido conversas interessantes com estranhos enquanto comiam. Em outras palavras: o que antes era um formato conveniente agora é uma experiência social muito procurada.

POR QUE ESSA TENDÊNCIA ESTÁ VOLTANDO (E POR QUE ELA SE CONECTA COM A GERAÇÃO Z)

No início dos anos 2000, as mesas longas faziam parte da estética de muitas cafeterias e restaurantes casuais. Elas desapareceram com o tempo, mas a nova geração as está trazendo de volta por motivos diferentes: elas estão procurando mais espaços sociais, experiências compartilhadas e lugares para se desconectar dos celulares e se conectar com pessoas reais.

O estudo sugere que as mesas comunitárias não apenas incentivam a socialização, mas também ajudam os restaurantes a otimizar a capacidade de assentos e criar ambientes mais dinâmicos em um momento em que reservar uma mesa está se tornando cada vez mais difícil.

Embora o relatório reflita uma tendência observada nos Estados Unidos, aqui essa ideia tem sua própria nuance: na Espanha, sempre houve uma cultura de bares, mesas altas e terraços onde o compartilhamento de espaço é natural. Em vez de reviver uma tendência, a Geração Z parece estar reinterpretando um costume tradicional com códigos mais contemporâneos e sociais.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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