MADRID 14 jul. (EUROPA PRESS) -
O núcleo da fragilidade em pacientes idosos é a soma de alterações físicas, anemia e comprometimento cognitivo, mas não há relação significativa com as comorbidades do paciente, de acordo com um estudo publicado na revista científica 'Perioperative Medicine', realizado pelo Departamento de Anestesiologia e Terapia Intensiva da Clínica Universidad de Navarra.
Usando dados de 109 pacientes avaliados na consulta pré-anestésica, os pesquisadores realizaram uma análise baseada em três fatores que explicam o comportamento das variáveis estudadas: um que representa as comorbidades do paciente, outro relacionado à esfera emocional e, finalmente, um fator que combina a diminuição da atividade física, alterações cognitivas e anemia. Posteriormente, foi testada a correlação desses fatores com a presença de fragilidade medida pela Clinical Frailty Scale.
"A fragilidade ainda é um conceito elusivo, porque não se chegou a um consenso sobre o que realmente a constitui", diz Guillermo Miguel-Ruano, especialista do Departamento de Anestesia e Terapia Intensiva da Clínica Universidad de Navarra. Assim, com esse estudo, eles se propuseram a caracterizar melhor a fragilidade entre pacientes cirúrgicos idosos e detectaram que os elementos que melhor a definem são a diminuição da atividade física, as alterações cognitivas e a anemia.
"O importante é que esses três elementos são modificáveis, de modo que, a priori, a fragilidade poderia ser revertida", acrescenta Miguel-Ruano.
Nesse sentido, o especialista destacou que eles querem influenciar a melhoria desses fatores modificáveis com o projeto "Fragilidade e alto risco cirúrgico", que eles lançaram na Clínica Universidad de Navarra neste curso. Os autores enfatizaram que essa abordagem pode melhorar a previsão de complicações pós-operatórias, facilitar a tomada de decisões compartilhadas com os pacientes e suas famílias e otimizar os programas de pré-habilitação cirúrgica individualizada.
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