MADRID 20 nov. (EUROPA PRESS) -
A poinsétia é um dos símbolos mais conhecidos do Natal, mas também é uma das plantas que mais dão errado nos lares espanhóis. Às vezes, parece que tudo está indo bem: rega regular, boa localização, luz suficiente e, no entanto, de um dia para o outro, as folhas começam a ficar moles, os caules amolecem e a planta perde força sem uma explicação clara. O que está acontecendo?
Como explica o cultivador e produtor Angel Illescas, quando uma poinsétia começa a declinar sem motivo aparente, geralmente há um culpado claro: um fungo - fungo da raiz ou do colo - que age silenciosamente.
QUANDO A POINSÉTIA CAI SEM AVISO: FUNGO DA RAIZ OU DO COLO
Ambos os fungos causam os mesmos sintomas visíveis - folhas moles, caules amolecidos e uma aparência geral de declínio - mas agem em áreas diferentes da planta. Um ataca diretamente a raiz; o outro, mais frequente segundo a Illescas, desenvolve-se no colarinho, bem na base do caule. Essa diferença, imperceptível do lado de fora, é decisiva: dela depende se a poinsétia poderá se recuperar ou se já está irremediavelmente danificada.
Para ilustrar isso, o produtor retira uma planta danificada para mostrá-la. Quando ele verifica a raiz, descobre que ela é branca e saudável, o que exclui um ataque de baixo para cima. A verdadeira causa aparece ao limpar o colo da planta: toda a área que deveria estar verde está marrom e deteriorada. O fungo destruiu o tecido pelo qual a seiva circula, causando o colapso da planta, embora a raiz ainda esteja viva. "Ele não deixa a seiva subir e a planta se sufoca", resume ele.
EXCESSO DE UMIDADE, A PORTA DE ENTRADA
A origem desse problema é quase sempre a mesma. A poinsétia é extremamente sensível ao excesso de água, e a umidade constante favorece o aparecimento de fungos que atacam tanto a raiz quanto o colo. Muitas vezes, quando a planta começa a parecer caída, o proprietário interpreta o fato como falta de rega e adiciona mais água, agravando o dano. Illescas insiste: "A umidade causa fungos e problemas para as poinsétias".
Quando o fungo avança pelo pescoço, os sintomas geralmente são rápidos: folhas moles, caules curvados e uma sensação de desidratação que, na realidade, é o oposto. Se o caule estiver muito afetado ou marrom, a planta não conseguirá mais recuperar a circulação da seiva e não haverá solução.
COMO EVITÁ-LA E O QUE FAZER SE ELA APARECER
A prevenção é essencial. Illescas recomenda regar muito pouco, deixar o substrato secar bem entre as regas e evitar qualquer acúmulo de umidade. Como alternativa, ele sugere adicionar uma pequena quantidade de peróxido de hidrogênio à água de irrigação uma vez por semana ou a cada quinze dias para manter os fungos afastados.
Se o problema for detectado precocemente, quando o colarinho ainda não estiver completamente danificado, pode-se tentar um tratamento antifúngico e melhorar a ventilação do substrato. No entanto, quando o caule já estiver marrom e mole, o produtor não terá dúvidas: essa poinsétia não poderá mais se recuperar.
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