Publicado 18/12/2025 09:29

Ficar de fora do grupo do WhatsApp: o risco de exclusão digital para menores de idade na época do Natal

Exclusão digital entre menores de idade.
QUSTODIO

MADRI 18 dez. (Portaltic/EP) -

A exclusão digital é um medo que cada vez mais crianças enfrentam durante períodos de férias, como as de Natal, quando sua vida social se reduz a redes sociais como o WhatsApp, um cenário em que não ser incluído no bate-papo em grupo pode levar a sentimentos de rejeição e isolamento real, destacando a importância da educação digital.

Com as férias de Natal se aproximando, as crianças têm alguns dias de férias em que ficam longe do contato diário com os amigos da escola. Isso faz com que suas relações sociais mudem para a interação por meio de redes sociais, como o Instagram ou o TikTok, e plataformas de mensagens instantâneas, como o WhatsApp.

Nesse contexto, alguns jovens enfrentam situações de exclusão digital ao serem deixados de fora dos grupos de bate-papo dos amigos nessas plataformas e, portanto, temem não participar dos planos, além de perder conversas, piadas e referências compartilhadas. Em outras palavras, eles se sentem isolados do grupo.

Assim, embora não pertencer a um grupo do WhatsApp possa parecer um problema menor, o medo de ser excluído digitalmente afeta menores de diferentes idades, especialmente usuários entre 12 e 16 anos, que são os mais propensos a sofrer esse evento, de acordo com dados coletados pela plataforma de segurança on-line e bem-estar digital Qustodio.

Isso ocorre porque, como explica a psicóloga especialista da Qustodio, Gloria R. Ben, é nessa fase que o sentimento de pertencer a um grupo se torna "fundamental", coincidindo com o fato de que "grande parte da vida social é transferida para o ambiente digital".

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA EXCLUSÃO DIGITAL

Portanto, a empresa adverte que a exclusão digital pode ter um grande impacto emocional e social nas crianças, pois pode gerar insegurança, frustração e, acima de tudo, um sentimento de rejeição, afetando suas emoções pessoais.

No entanto, os especialistas também alertam que, geralmente, essas situações de exclusão não ocorrem de forma premeditada, com motivações claras que levam os jovens a deixar outros colegas de lado. Em vez disso, muitas vezes são o resultado de "conflitos anteriores, dinâmica de grupo ou popularidade".

Portanto, é muito importante fazer com que as crianças entendam por que estão sendo excluídas, pois, caso contrário, "isso pode fazer com que elas se sintam culpadas pela situação", como apontou Qustodio, pois elas começam a questionar se fizeram algo errado, se não são suficientes ou simplesmente acham que não se encaixam no grupo.

Tudo isso pode levar a um enfraquecimento do vínculo com o grupo de amigos, causado pelo comportamento on-line, levando a um distanciamento real entre os menores. Além disso, de acordo com R.Ben, essas situações não podem ser normalizadas, pois podem se tornar "o prelúdio de formas mais óbvias de cyberbullying, em que a rejeição não é mais passiva, mas explícita".

COMO IDENTIFICAR A EXCLUSÃO DIGITAL

Embora sejam situações comuns, enquadradas em uma época em que as redes sociais são tão importantes, esse tipo de comportamento muitas vezes passa despercebido pelas famílias, tornando a exclusão digital um problema silencioso.

Nesse sentido, é importante levar em conta alguns pontos-chave para identificar eventos com essas características, começando por prestar atenção especial a possíveis mudanças de humor, irritabilidade, tristeza persistente ou apatia da criança, que podem ser indicadores de alerta.

Qustodio também detalhou que é aconselhável identificar se a criança tem comportamentos contraditórios com seu smartphone. Ou seja, se ela faz uso excessivo do celular, por exemplo, para verificar se recebeu alguma mensagem de seus amigos ou, ao contrário, se rejeita completamente o uso desses dispositivos.

Seguindo essa linha, outro indicador de que ela pode estar sofrendo de um caso de exclusão digital é o fato de apresentar mudanças em suas habilidades sociais, como o aumento do isolamento. Ou seja, a criança pode demonstrar menos vontade de passar tempo com os amigos ou pode não se sentir mais motivada por atividades que costumava gostar.

Embora esses comportamentos possam ocorrer durante todo o ano, Qustodio enfatizou que eles podem ser ainda mais pronunciados durante a época de festas. Portanto, como recomendação para os membros da família, se eles identificarem esses sinais, é essencial não minimizá-los.

"Escutar ativamente sem julgar, validar seus sentimentos ou evitar frases que minimizem suas emoções são algumas práticas fundamentais para que se sintam acompanhados", como explicam os especialistas da plataforma.

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO DIGITAL

Com tudo isso em mente, para evitar esse tipo de situação negativa em ambientes digitais, é essencial ter uma educação digital, para ensinar as crianças a conviver nesses espaços e fazê-las entender que o que acontece na Internet "tem um impacto real nas pessoas".

Nesse contexto, os pais devem dar o exemplo quando se trata de interagir com a tecnologia, pois isso pode influenciar o comportamento das crianças. Assim, de acordo com Qustodio, eles devem mostrar um uso equilibrado dos telefones celulares, respeitar os horários de desconexão, tomar cuidado com a linguagem nas redes e dar importância às relações face a face.

Por sua vez, as crianças devem ter ferramentas práticas para gerenciar essas situações. Por exemplo, no caso de bate-papos em grupo, é importante eliminar o foco de conversas que possam gerar desconforto.

Outras medidas úteis são aquelas relacionadas ao estabelecimento de um limite de tempo para o uso de dispositivos, a fim de evitar um aumento nas verificações de smartphones em momentos específicos, como feriados. Da mesma forma, devem-se reforçar as alternativas de socialização fora do ambiente digital, encontrando os amigos pessoalmente.

Qustodio também destacou que, quando os pais abordam essas situações diretamente com os jovens, "isso ajuda a reduzir a ansiedade associada ao silêncio digital ou à exclusão de determinados planos".

Portanto, durante as férias de Natal, o acompanhamento familiar também favorece um uso mais saudável e empático dos dispositivos, uma vez que são criados espaços nos quais as crianças podem falar livremente, expressando como se sentem em relação a essas dinâmicas, sempre acompanhadas.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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