Publicado 12/11/2025 10:14

A Federação de Diabetes pede um Plano Nacional de Triagem Pediátrica para a detecção precoce do diabetes tipo 1

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FEDE - Arquivo

MADRID 12 nov. (EUROPA PRESS) -

Por ocasião do Dia Mundial do Diabetes, que é comemorado na próxima sexta-feira, a Federação Espanhola de Diabetes (FEDE) realizou uma ação de conscientização em frente ao Congresso dos Deputados, dentro do movimento #CrecerSinDiabetes, onde deram visibilidade ao impacto que o diabetes tipo 1 tem na infância e no ambiente familiar e pediram um plano nacional de triagem pediátrica para a detecção precoce do diabetes tipo 1.

"Hoje sabemos que o diabetes tipo 1 não aparece repentinamente; ele pode ser detectado meses, até mesmo anos, antes que os sintomas sejam visíveis. O diagnóstico precoce nos permite evitar complicações graves, ganhar tempo para assimilar a patologia e aprender a conviver com ela", disse o presidente da FEDE, Antonio Lavado, que pediu que fossem tomadas as medidas necessárias para implementar um programa nacional de triagem na Espanha.

Todos os anos, mais de 1.400 crianças são diagnosticadas com diabetes tipo 1 na Espanha. Um terço delas chega ao hospital com uma complicação, o que leva a internações graves e, em muitos casos, à necessidade de internação em uma unidade de terapia intensiva.

Durante uma ação de conscientização, realizada nesta quarta-feira em frente ao Congresso dos Deputados, eles lembraram que, nos últimos meses, houve avanços significativos, como a publicação de um consenso clínico pela Sociedade Espanhola de Diabetes (SED), a Sociedade Espanhola de Endocrinologia Pediátrica (SEEP) e a Sociedade Espanhola de Endocrinologia e Nutrição (SEEN).

Um documento que recomenda a triagem de parentes de primeiro grau como parte da prática clínica de rotina. "O consenso é uma ferramenta valiosa que visa a garantir a equidade no acesso e a homogeneidade na prática clínica", explica a Dra. Nerea Itza, pediatra especializada em Endocrinologia e Nutrição do Hospital Universitário La Paz, para quem ele estabelece as bases para o progresso na implementação de um processo que, como sabemos, reduz as hospitalizações e evita diagnósticos em situações graves, como a cetoacidose diabética.

O evento contou com bonecos gigantes de duas crianças, Alejandro e Valeria, inspirados em histórias reais, simbolizando o impacto de um diagnóstico tardio de diabetes tipo 1 na infância e o desafio para as famílias que convivem com essa doença crônica. Valeria foi diagnosticada aos três anos de idade após uma grave crise que a levou a ser internada na UTI com risco de vida. Alejandro fez sua estreia aos seis anos de idade e conseguiu evitar uma emergência médica porque a enfermeira de sua escola identificou os sintomas e agiu rapidamente. O impacto emocional em seu ambiente familiar também foi profundo.

A TRIAGEM MUDA A FORMA COMO LIDAMOS COM A DOENÇA

A Dra. Lía Nattero, endocrinologista do Hospital Ramón y Cajal, enfatiza a viabilidade da triagem familiar e seus benefícios clínicos. "Por experiência, sabemos que a triagem muda a maneira como os pacientes lidam com o surgimento do diabetes. Quando o diagnóstico é feito mais cedo, o início é menos agressivo e o controle metabólico é mais favorável. A memória metabólica é fundamental para o futuro do paciente", diz ele.

Além da triagem familiar, o consenso clínico propõe a promoção de estudos-piloto na população pediátrica para avaliar sua viabilidade. Esse é o caso do País Basco, que lançou o SCREEND1A, um estudo pioneiro que envolve 4.000 crianças.

Essa experiência, e a de outros estudos-piloto, nos permitirá reunir as evidências necessárias para avaliar sua aplicação em populações maiores. "Só então poderemos analisar sua utilidade, desempenho e custo-benefício no contexto espanhol", diz o Dr. Luis Castaño, endocrinologista pediátrico da Osakidetza no Hospital Universitário Cruces, pesquisador da Biobizkaia e membro do Conselho de Administração da Sociedade Espanhola de Diabetes (SED).

A MAIORIA GOSTARIA DE TER SABIDO MAIS CEDO

A experiência de mais de 1.700 pessoas com diabetes tipo 1 e suas famílias, reunidas em um estudo promovido pela Federação Espanhola de Diabetes (FEDE), no âmbito do movimento #CrecerSemDiabetes, destaca o profundo impacto de viver com essa condição e o valor que a detecção precoce traria.

Oitenta e nove por cento dos entrevistados afirmam que gostariam de ter sabido com antecedência que viveriam com diabetes tipo 1. Esse sentimento é especialmente predominante entre os pais de crianças com a doença (91,7%) e também entre os pacientes adultos (85%). Todos concordam que ter essa informação teria mudado completamente sua experiência durante o diagnóstico e a maneira como lidam com a doença.

Enquanto isso, 83,1% dos pacientes e 67,3% dos familiares disseram não ter recebido informações médicas sobre essa possibilidade, o que mostra uma falta de equidade no acesso à triagem na Espanha. Essa realidade contrasta com a recomendação contida no consenso que defende a incorporação da triagem de parentes de primeiro grau como prática clínica padrão.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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