Publicado 15/12/2025 09:56

A falta de sono leva a comportamentos de isolamento social, o que, por sua vez, prejudica o descanso.

Archivo - Arquivo - Mulher na cama, insônia.
JANIECBROS/ ISTOCK - Arquivo

A melhora do sono também reduz as emoções negativas e o estresse.

MADRID, 15 dez. (EUROPA PRESS) -

Evidências científicas também mostram que a privação do sono causa comportamentos de isolamento social, como a solidão, e maior ansiedade que, por sua vez, são prejudiciais ao descanso, disse a Dra. Francesca Cañellas, membro do grupo de trabalho sobre insônia da Sociedade Espanhola do Sono (SES), por ocasião do Dia Internacional contra a Solidão Indesejada, um problema silencioso que afeta 20% da população espanhola.

"Uma revisão sistemática e meta-análise publicada em 2020 corroborou que a solidão se correlaciona com a alteração da qualidade do sono, mas não com a duração do sono. A solidão aumenta os níveis de vigilância e torna o sono menos repousante", diz o psiquiatra especializado em medicina do sono e pesquisador do Instituto de Pesquisa em Saúde das Ilhas Baleares (IdISBa).

Possivelmente, continua ela, "porque historicamente estar sozinho, fora do grupo, era perigoso, há uma ativação do sistema de estresse com um aumento na atividade do eixo hipotálamo-hipófise e alterações nos níveis e no ritmo do cortisol envolvido no sono fragmentado".

Alguns estudos demonstraram, inclusive, que as alterações produzidas pela privação de sono no indivíduo fazem com que outras pessoas o percebam como menos acessível socialmente. Para Cañellas, o mecanismo que explicaria a ligação entre o sono e o sentimento de solidão é a regulação emocional.

"As estruturas cerebrais e os neurotransmissores que regulam as emoções também regulam o sono, por isso é intuitivo supor uma relação íntima no funcionamento desses dois sistemas", diz o especialista, que ressalta que um corpo crescente de pesquisas nesse campo sugere que a má qualidade do sono e a privação de sono são um fator de risco importante para a regulação emocional, bem como para o desenvolvimento de várias condições psiquiátricas, especialmente ansiedade e depressão.

A porta-voz da SES acredita que ainda não está sendo dada atenção suficiente ao impacto do sono na saúde física e mental em geral. Algo de "particular importância", acrescenta a psiquiatra, na área da solidão indesejada, uma vez que "a solidão e a falta de sono são fatores de risco comuns para muitas doenças (desde o comprometimento cognitivo até problemas de saúde mental, incluindo doenças cardiovasculares), de modo que a combinação de ambos os fatores multiplica o risco de desenvolvimento de inúmeras doenças e mortalidade".

Ele explica que foi demonstrado que melhorar o sono também reduz as emoções negativas e o estresse, portanto, implementar hábitos de vida saudáveis que contribuam para melhorar o sono diariamente melhoraria a qualidade de vida e o bem-estar emocional, especialmente em dois grupos: adolescentes e idosos.

O QUE PODE SER FEITO PARA DORMIR MELHOR?

O especialista recomenda alguns hábitos, como dar a si mesmo tempo suficiente para dormir, em um ambiente seguro, confortável e aconchegante; manter horários regulares para dormir e acordar, e usar a cama somente para dormir: eExpor-se à luz solar durante o dia, principalmente pela manhã, e evitar a exposição à luz durante a noite, bem como evitar o uso de telas de dispositivos móveis pelo menos duas horas antes de ir para a cama; e praticar exercícios físicos regularmente.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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