MADRID 6 jun. (EUROPA PRESS) -
Uma equipe de pesquisadores do Hospital Sant Joan de Deu, em Barcelona, sugeriu que os pacientes com escoliose idiopática do adolescente apresentam maiores anomalias visuais, posturais e de equilíbrio. Esse é o primeiro estudo a analisar os sistemas visual e vestibular em conjunto, bem como seu envolvimento na postura.
A pesquisa, apresentada no 39º Congresso Nacional da Sociedade Espanhola de Coluna (GEER), estudou a prevalência e a possível correlação de anormalidades posturais e dos sistemas visual e vestibular em 25 pacientes com escoliose idiopática, que afeta 2% das crianças entre 10 e 16 anos, e 20 pessoas sem essa patologia.
O teste estático mostrou uma taxa positiva de 20% de anormalidades vestibulares no grupo de pacientes com escoliose idiopática, enquanto o grupo de controle não apresentou nenhum caso.
No caso da visão, 68% dos pacientes com escoliose usavam óculos, em comparação com 30% do outro grupo; os pacientes com escoliose também relataram mais ciclotrices oculares.
Além disso, foram observadas anormalidades na retina, com 40% de valores suspeitos na integridade macular no grupo com escoliose, em comparação com 11,8% no grupo sem escoliose.
Apesar desses resultados, os autores do estudo enfatizaram que a amostra precisa ser ampliada para analisar as correlações entre as anormalidades, bem como com os valores radiológicos e outras variáveis.
"Acho que os dois pontos mais interessantes são: primeiro, a questão da ciclotricidade ocular, pois é algo que nunca havia sido analisado antes e estamos encontrando uma prevalência maior em pacientes com escoliose idiopática do adolescente", explicou a autora principal, Dra. Rocío García García.
O segundo ponto tem a ver com o fato de que os adolescentes com escoliose relatam "resultados piores" em seus questionários de qualidade de vida.
"Em uma segunda análise, analisaremos se essa pior percepção do relacionamento familiar está correlacionada com o tratamento ortopédico com cinta para escoliose idiopática do adolescente e/ou com um nível mais alto de dor que causa maior irascibilidade no jovem", concluiu.
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