Publicado 01/12/2025 14:05

Estudo revela como a perda da proteína ZC3H13 promove o câncer metastático

Archivo - Arquivo - Quimioterapia, câncer
KATARZYNABIALASIEWICZ/ISTOCK - Arquivo

MADRID 1 dez. (EUROPA PRESS) -

Uma equipe do Centro de Pesquisas sobre o Câncer de Salamanca (CIC), ligado ao Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) e à Universidade de Salamanca (USAL), revelou um mecanismo-chave que envolve a perda da proteína ZC3H13 que favorece a metástase no câncer, o que abre as portas para futuras terapias direcionadas que poderiam melhorar os resultados clínicos dos pacientes.

O estudo, publicado na Cancer Research, mostra que a proteína ZC3H13 faz parte de um complexo em células cancerígenas que adiciona pequenas etiquetas químicas ao RNA mensageiro, que carrega instruções copiadas do DNA para produzir proteínas. Quando a ZC3H13 é perdida, essa etiqueta, conhecida como metilação m6A, diminui em determinados RNAs mensageiros.

Como resultado, essas mensagens se tornam mais estáveis e, portanto, mais altamente expressas nessas células. Entre esses mensageiros, foi identificada uma mensagem que dá origem à proteína MYB, que promove a motilidade das células cancerosas que acabam se infiltrando mais em outros tecidos, ou seja, apresentam muito mais metástase. Portanto, a ausência do ZC3H13 diminui a metilação m6A nos RNAs mensageiros e facilita a invasão e a migração das células tumorais, o que favorece a formação de metástase.

Usando amostras de pacientes com câncer de próstata avançado e outros tipos de câncer, como o de bexiga, útero, colo do útero e hepatocarcinoma, a equipe descobriu que a perda do ZC3H13 geralmente ocorre junto com a perda de outros genes supressores de tumores importantes, como o RB1 e o BRCA2. Essa combinação está associada a um prognóstico clínico mais ruim.

Nesse contexto, os pesquisadores validaram o uso de medicamentos já aprovados para o tratamento de outras patologias em modelos pré-clínicos, tanto celulares quanto em camundongos e galinhas, com o objetivo de restaurar a função do ZC3H13 ou aumentar a metilação do m6A. Especificamente, trata-se de inibidores aprovados pela FDA (Food and Drug Administration) dos EUA que bloqueiam as enzimas que eliminam a metilação do m6A.

A análise do gene ZC3H13 e seu mecanismo foi realizada em amostras de pacientes com câncer de próstata avançado, e essa pesquisa também validou a mutação ZC3H13 em câncer de bexiga, câncer cervical escamoso, hepatocarcinoma e câncer uterino. Essa validação pode abrir a possibilidade de estender a relevância clínica desses resultados a esses tumores.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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