BARCELONA 18 set. (EUROPA PRESS) -
Um estudo realizado pela Sociedade Catalã de Medicina Familiar e Comunitária (Camfic), com a participação do Instituto de Pesquisa em Atenção Primária Jordi Gol (IdiapJgol), recomenda que os médicos de família prescrevam exercícios físicos nas consultas de atenção primária (CAP), "assim como fazem com os medicamentos".
É o que afirma um comunicado de imprensa divulgado na quinta-feira, no qual advertem que "não basta recomendar o exercício: ele deve ser prescrito, com diretrizes específicas, da mesma forma que se faz com um medicamento", em um estudo publicado na revista Atención Primaria.
O estudo aponta que a prescrição é "pouco frequente" e identifica várias barreiras para sua implementação, como a falta de tempo e de protocolos específicos, o treinamento deficiente dos profissionais e a coordenação interdisciplinar deficiente, entre outras.
"Quando falamos em recomendação, a mensagem é muito genérica e difusa. A prescrição, por outro lado, proporciona clareza, segurança e acompanhamento, e aumenta as chances de as pessoas incorporarem a atividade física em suas vidas diárias", explica Montserrat Romaguera, médica do Grupo de Exercício Físico do CAMFiC e coordenadora do estudo.
Os autores do estudo pedem uma "mudança de modelo" que incorpore diretrizes clínicas para a prescrição de exercícios e treinamento de profissionais, já que, segundo eles, os benefícios da atividade física regular são amplamente conhecidos, como a prevenção e o controle de doenças cardiovasculares ou cânceres de mama e cólon, além de melhorias na força, agilidade, flexibilidade e resistência cardiovascular.
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