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MADRID 5 dez. (EUROPA PRESS) -
Mais de três quartos da população mundial não consomem ômega-3 em quantidade suficiente, de acordo com um novo estudo da Universidade de East Anglia (Reino Unido), da Universidade de Southampton (Reino Unido) e da Holland & Barrett, publicado recentemente na revista "Nutrition Research Reviews".
A revisão colaborativa destaca que 76% das pessoas em todo o mundo não atingem a ingestão recomendada de EPA e DHA (ácido ômega-3), revelando uma grande lacuna na saúde pública global. O estudo é a primeira revisão global das recomendações nacionais e internacionais para a ingestão de ômega-3 em todos os estágios da vida para pessoas geralmente saudáveis.
"Nossa pesquisa analisa as recomendações de gordura ômega-3 e como elas se comparam ao que as pessoas realmente comem. Encontramos grandes lacunas entre o que é recomendado e o que a maioria de nós consome", disse a professora Anne Marie Minihane, da Norwich Medical School da UEA.
"Para fechar essa lacuna, precisamos de formas mais simples e sustentáveis de obter esses importantes nutrientes, como alimentos enriquecidos com ômega-3 ou suplementos. Essas mudanças poderiam ajudar mais pessoas a desfrutar dos benefícios à saúde associados a uma maior ingestão", acrescentou ela.
O professor Philip Calder, da Universidade de Southampton, explicou que essa revisão compilou todas as recomendações de autoridades de todo o mundo sobre a ingestão de EPA e DHA: "O que está claro é que a maioria das pessoas não está cumprindo essas recomendações", disse ele.
Essa revisão global destaca o descompasso entre as evidências atuais, as diretrizes de saúde pública e a ingestão real da população, e procura abordar a confusão em torno das recomendações de ômega-3, destacando os benefícios para a saúde de uma maior ingestão em todas as fases da vida em populações saudáveis.
Enquanto as diretrizes anteriores geralmente se concentravam em estágios importantes, como gravidez, parto ou doenças relacionadas à idade, esta publicação abrange todos os estágios da vida, tornando a orientação relevante e acessível à população em geral.
Ela destaca que as diretrizes sobre a ingestão de ômega-3 atualmente variam de país para país, o que gera muita confusão em todo o mundo e reforça a importância de uma orientação consistente e baseada em evidências.
O documento busca apoiar a saúde pública em escala global e fornece orientação a países fora da Europa e da América do Norte, por exemplo, na América Latina e em partes da Ásia, incluindo a Índia, para que desenvolvam diretrizes públicas sobre níveis seguros de ingestão e aconselhamento sobre suplementação.
A INGESTÃO MAIS RECOMENDADA É DE 250 MG DE EPA E DHA COMBINADOS.
A revisão constatou que a ingestão mais recomendada para adultos é de 250 mg por dia de EPA e DHA combinados, com um adicional de 100 a 200 mg de DHA recomendado para mulheres grávidas. Essas metas podem ser atingidas com a ingestão de mais peixes oleosos, como salmão ou cavala, ou por meio de suplementação, quando necessário.
O artigo também identificou os desafios enfrentados por diferentes populações para atender às recomendações atuais de ômega-3, como dificuldades em atender às recomendações de peixes gordurosos devido ao baixo consumo de frutos do mar ou a preocupações com a sustentabilidade, bem como o acesso limitado a recomendações de suplementação em algumas populações.
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