Publicado 04/11/2025 11:50

Estudo da UMU propõe uma solução sustentável para dar uma nova vida ao poliuretano

Grupo de Pesquisa em Química Sustentável da Universidade de Murcia
UMU

MURCIA 4 nov. (EUROPA PRESS) -

O grupo de pesquisa em Química Sustentável da Universidade de Múrcia (UMU) encontrou um processo rápido de reciclagem química para espuma de poliuretano (PUFW), um dos plásticos mais difíceis de reciclar, que garante a manutenção de suas propriedades originais.

O estudo, que foi capa da revista 'Green Chemistry', foi liderado pelo professor de Bioquímica e Biologia Molecular da UMU Pedro Lozano, de acordo com fontes da instituição educacional em um comunicado.

O uso da espuma de poliuretano, utilizada no isolamento térmico e acústico, bem como em colchões, móveis e assentos de veículos, contribui para melhorar a eficiência energética, mas sua reciclagem representa um desafio ambiental.

Atualmente, a produção na Europa é de 25 milhões de toneladas por ano, com uma taxa de crescimento anual de 5%. No entanto, a recuperação e a reutilização de resíduos são muito baixas, apesar de ser o sexto polímero sintético mais usado no mundo.

Quase metade acaba em aterros sanitários e 33% é incinerada, com o consequente impacto no meio ambiente. Somente na Europa, 40 milhões de colchões são descartados todos os anos.

Ao contrário de outros plásticos, como o PET usado em garrafas, que pode ser derretido e remodelado, o poliuretano, por ser um material termoendurecível, não pode ser derretido e remodelado facilmente, e outros métodos de prensagem e trituração resultam em produtos reciclados de qualidade inferior, de modo que não há uma economia circular real.

UM PROCESSO RÁPIDO E LIMPO

O processo proposto pelos pesquisadores neste estudo é a glicólise, um processo químico que inclui como novidade o uso de líquidos iônicos para facilitar a despolimerização do plástico e que pode ser uma solução para enfrentar esse problema ambiental.

Esses líquidos iônicos permitem trabalhar em condições brandas, ou seja, temperaturas abaixo de 100°C e pressão atmosférica. Isso representa uma alternativa mais sustentável aos métodos convencionais de glicólise, que exigem condições térmicas de 180 a 250 °C e pressões mais altas, com os custos de energia associados.

Além disso, o processo de despolimerização glicolítica desenvolvido pela UMU não gera resíduos, pois a mistura de poliol reciclado obtida também é reutilizada para a síntese de novas espumas flexíveis de PU.

Além disso, o sistema catalítico usado pode ser reutilizado e, conforme explicou Lozano, eles conseguiram reutilizá-lo por até seis ciclos operacionais consecutivos sem perda de eficiência.

"Esse é um processo muito simples que pode ser exportado para o setor com base na economia circular de resíduos plásticos, o que contribui diretamente para o conceito de uma sociedade mais sustentável", disse Lozano.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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