MADRID 25 nov. (EUROPA PRESS) -
A especialista da Unidade de Voz do Hospital Universitário Quirónsalud de Madri, Dra. Ana Machado, declarou que o centro optou por um estroboscópio de última geração que permite um diagnóstico "diferencial" das patologias da voz, e que este dispositivo emite flashes breves e rápidos, permitindo observar fatos que o olho humano não pode apreciar.
"O estroboscópio nos permite fazer um diagnóstico diferencial da patologia da voz. Ele nos ajuda a reforçar a suspeita diagnóstica e a determinar se o paciente é passível de tratamento cirúrgico ou mais direcionado à reabilitação fonoaudiológica ou a diferenciar uma lesão benigna de uma maligna", disse o Dr. Machado.
Ela explicou ainda que os pacientes com esse tipo de patologia passam por um estudo da morfologia e da função de suas cordas vocais, um exame inicial após o qual é avaliada a necessidade de observar "precisamente" a mobilidade das cordas, sua flexibilidade e sua onda mucosa.
"É então que o paciente é encaminhado para a Unidade de Voz, que, com a utilização de um estroboscópio, permitirá observar com grande precisão a função e o comportamento das cordas vocais", acrescentou Machado.
O especialista faz parte da Unidade de Voz do hospital junto com a fonoaudióloga Judith Wuhl, que enfatizou que tanto o estroboscópio quanto os outros exames que complementam a Unidade de Voz ajudam a avaliar se há excesso ou falta de tensão nas cordas vocais.
Se não houver nenhuma patologia subjacente, a especialista considerou que esse excesso de tensão nas cordas vocais ocorre "com frequência" em profissionais que usam a voz como ferramenta de trabalho, como professores, locutores ou vendedores, entre outros.
"Para descrever o efeito sobre as cordas vocais, não só do abuso vocal, mas também do mau uso vocal, gosto de usar uma imagem direta: se você bater palmas com a força muscular adequada, poderá fazê-lo por um longo período de tempo. Entretanto, se fizer isso com força exagerada e desnecessária, suas palmas ficarão vermelhas. É a mesma coisa que acontece nos tecidos da laringe se exagerarmos na quantidade de esforço que colocamos na fonação", explicou Wuhl.
Quando o paciente vem para uma consulta sobre voz, ele recebe uma diretriz para evitar o esforço vocal excessivo. Se a reabilitação for necessária, são trabalhados padrões de fonação mais amigáveis do ponto de vista fisiológico, com um bom uso do ar durante a fonação, aquecimento e padrões de alongamento para depois do uso da voz. Além disso, o trabalho pode ser complementado com taping neuromuscular, eletroestimulação e manipulação laríngea.
A disfonia também pode ser causada pela falta de tensão nas cordas vocais e pela lentidão do movimento, o que ocorre principalmente em pessoas idosas ou em pacientes com distúrbios neurológicos, como a doença de Parkinson.
"Nesses casos, oferecemos uma reabilitação específica que aprimora a fonação com esforço máximo. Esse treinamento melhora o fluxo de ar, a articulação e o fechamento das cordas. Dessa forma, obtém-se uma voz muito mais competente e essa mudança permite que o paciente volte a interagir com a família e os amigos", concluiu.
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