Publicado 02/12/2025 10:01

Esse bebê tem dois meses de idade e sua família o chama de "irmãozinho" porque ele ainda não tem um nome: é uma cultura na Islândia.

Esse bebê tem dois meses de idade e sua família o chama de "irmãozinho" porque ele ainda não tem um nome: é uma cultura na Islândia.
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MADRID 2 dez. (EUROPA PRESS) -

O nome próprio é provavelmente a palavra que uma pessoa ouvirá com mais frequência ao longo de sua vida. Na Espanha, ele costuma ser escolhido antes mesmo do nascimento, pois o registro do bebê exige que ele esteja claro desde os primeiros dias (exceto em casos excepcionais). Mas não funciona da mesma forma em todos os lugares: na Islândia, por exemplo, as famílias têm até seis meses para decidir e formalizar o nome, e não é incomum que os recém-nascidos passem esse tempo sem um nome definitivo.

A influenciadora islandesa Asa Steinars contou ao TikTok, onde revelou que seu filho de dois meses ainda não tem um nome oficial. No momento, eles o chamam de "irmãozinho", um apelido que estão usando enquanto avaliam diferentes opções. O que pode parecer surpreendente para muitos, na Islândia faz parte de uma tradição profundamente enraizada, onde a escolha de um nome é um processo lento, quase ritualístico.

Em seu vídeo, Steinars explica que muitas famílias esperam semanas - ou até meses - antes de tomar uma decisão final. Às vezes, é porque querem verificar se o nome combina com a personalidade do bebê; às vezes, é porque o nome escolhido deve ser submetido ao comitê de nomes islandeses, um órgão oficial que garante a consistência linguística de cada novo registro.

QUEM DECIDE OS NOMES DOS BEBÊS

Um dos aspectos mais surpreendentes fora da Islândia é justamente a existência do Mannanafnanefnd, o comitê de nomes. Esse órgão analisa todas as propostas que não estão na lista oficial e determina se elas estão de acordo com as regras gramaticais e culturais da Islândia.

Seus critérios incluem:

que o nome possa ser soletrado e declinado de acordo com as regras islandesas,

que não contenha letras fora do alfabeto local,

seja compatível com a tradição linguística,

e não seja ofensivo ou possa causar problemas para o usuário.

É por isso que nomes comuns em outros países são rejeitados na Islândia, simplesmente porque não se encaixam na estrutura do idioma.

"POR ENQUANTO, NÓS O CHAMAMOS DE IRMÃOZINHO".

Steinars diz que, no caso dele, dois nomes estão sendo considerados. Um deles teve de ser aprovado pelo comitê e já recebeu o sinal verde; o outro é um nome em nórdico antigo sem restrições. Há também uma nuance cultural na decisão: seu parceiro é sueco, então eles estão procurando um nome que funcione em ambos os idiomas e respeite a herança de ambas as famílias.

A criadora acrescenta com humor que a questão dos sobrenomes poderia ser o tema de um vídeo separado. Como islandesa, ela usa um sobrenome patronímico - Dóttir, que significa "filha de" - enquanto seu parceiro usa um sobrenome de estilo sueco.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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