MADRID, 12 mar. (Portaltic/EP) -
Especialistas em segurança cibernética concordam que a queda do X no início desta semana não se deveu a um ataque de negação de serviço (DDoS) perpetrado a partir de endereços IP ucranianos, como o proprietário da rede social afetada, Elon Musk, havia afirmado inicialmente.
Dezenas de milhares de usuários em todo o mundo relataram problemas para acessar e usar o X (antigo Twitter) na segunda-feira, uma falha temporária do sistema relatada pelo portal de monitoramento de erros DownDetector que afetou países como os Estados Unidos, o Reino Unido e a Espanha.
Essas falhas ocorreram em diferentes momentos do dia e duraram apenas alguns segundos. Para executar o ataque, os criminosos cibernéticos supostamente se organizaram em um grupo grande e coordenado "e/ou país", usando uma grande quantidade de recursos para derrubar o X.
Isso é o que o proprietário da rede social, Elon Musk, alegou inicialmente em seu perfil pessoal, que também afirmou em uma entrevista com Larry Kudlow na Fox Business Network que os ataques se originaram de endereços IP ucranianos.
Poucas horas depois, o grupo hacktivista Dark Storm Team, cujos alvos geralmente demonstram simpatia por Israel, reivindicou a responsabilidade pelo ataque cibernético de negação de serviço (DDoS) que causou a paralisação.
Os pesquisadores de segurança cibernética agora contradizem o fundador da Tesla, dizendo que viram poucas evidências de que os endereços IP ucranianos desempenharam um papel significativo no ataque DDoS, conforme relatado recentemente pela Wired.
Esses especialistas enfatizaram que o tipo de ataque que X enfrentou foi lançado por um exército coordenado de computadores, ou "botnet", dispersos pelo mundo e gerando tráfego com endereços IP geograficamente diferentes.
Esses, por sua vez, podem incluir mecanismos que dificultam a determinação de onde são controlados, conforme adiantou Shawn Edwards, diretor de segurança da empresa de conectividade de rede Zayo. Outro pesquisador, que pediu anonimato, disse que, após analisar o tráfego DDoS e os endereços IP envolvidos, concluiu que a Ucrânia não estava nem mesmo entre os 20 principais países envolvidos no ataque cibernético.
Além de questionar se esses ataques eram de origem ucraniana, os pesquisadores observaram que os servidores da rede social não estavam devidamente protegidos com o CloudFlare, o que teria permitido que os cibercriminosos os atacassem diretamente.
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