MADRID 8 maio (EUROPA PRESS) -
O diretor geral da Associação Nacional de Empresas de Saúde Ambiental (ANECPLA) advertiu que a proliferação de mosquitos este ano será particularmente intensa devido às chuvas abundantes durante a primavera, que criaram o terreno perfeito para a reprodução desses insetos.
Por ocasião da Semana de Ação contra os Mosquitos, que será celebrada de 5 a 9 de maio, a ANECPLA lembra que "o mosquito é o animal mais letal do planeta", pois "causa cerca de 725.000 mortes por ano, principalmente devido ao seu papel como vetor de doenças como dengue, zika, chikungunya ou vírus do Nilo Ocidental".
"O risco é real e cada vez mais próximo também em nosso país", adverte Galván, que lembrou que o vírus do Nilo Ocidental causou uma dúzia de mortes na Andaluzia em 2024. "Este ano, com o excesso de umidade causado pelas inúmeras chuvas desta primavera, espera-se um aumento no número de casos se não forem tomadas fortes medidas preventivas", adverte.
O MOSQUITO TIGRE, CADA VEZ MAIS PRESENTE
O mosquito tigre (Aedes albopictus), uma espécie invasora altamente adaptável, "continua a se espalhar por toda a Espanha em um ritmo alarmante", pois, lembra ele, as altas temperaturas e o acúmulo de água em objetos do cotidiano favorecem sua reprodução e aumentam o risco de transmissão de doenças tropicais.
A ANECPLA insiste que a colaboração dos cidadãos é "fundamental"; de fato, 21% dos avistamentos de mosquitos tigres na última década foram relatados graças a ferramentas de ciência cidadã, como o aplicativo Mosquito Alert.
A ANECPLA oferece cinco recomendações básicas para ajudar a controlar a proliferação de mosquitos: primeiro, esvazie os pratos dos vasos de flores com frequência; renove e cubra a água das piscinas das crianças; mantenha os ralos e as calhas limpos; troque a água dos bebedouros dos animais com frequência; e cubra ou remova todos os recipientes que acumulam água.
RISCO DE FEBRE DO VÍRUS DO OESTE DO NILO
A associação lembra que a febre do vírus do Nilo Ocidental "vem ameaçando" a Saúde Pública no sul da Espanha desde o primeiro surto em 2020 e é transmitida pelo mosquito Culex (gênero pipiens e perexiguus). É uma zoonose em que tanto os equídeos quanto os humanos atuam como hospedeiros finais do vírus, portanto não transmitem a doença, mas sofrem com ela.
Por esse motivo, eles alertam que as medidas para prevenir a infecção em humanos devem se concentrar em evitar picadas, usando todas as medidas necessárias, como colocar mosquiteiros em janelas e portas, bem como, na medida do possível, evitar caminhar por áreas úmidas ao anoitecer e ao amanhecer ou usar mangas compridas e repelentes, se necessário.
"A mudança climática, a globalização e as chuvas torrenciais estão tornando a Espanha um ambiente cada vez mais favorável à reprodução desses vetores", diz Galván.
"Devemos agir agora, com campanhas de conscientização, tratamentos sustentáveis e iniciativas que envolvam o setor profissional de Saúde Ambiental", conclui, lembrando que a Espanha é uma porta de entrada para espécies invasoras devido à sua posição geográfica, portanto, a vigilância e o controle devem ser intensificados em todo o território nacional.
"Devemos permanecer em alerta", diz o diretor geral da ANECPLA, "pois nosso país desempenha um papel fundamental, já que está localizado em um eixo geográfico muito importante de trânsito global".
Além disso, "a Espanha é a porta de entrada para muitas outras espécies de mosquitos e outras espécies invasoras, com o risco que isso implica para a saúde pública. Por todas essas razões", diz ele, "é essencial que a sociedade como um todo, desde as administrações públicas até os cidadãos, aumente as medidas de vigilância, prevenção e controle para exercer a contenção necessária na expansão desse inseto perigoso".
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