MADRID 8 maio (EUROPA PRESS) -
Ao se deparar com uma ferida superficial, muitas pessoas recorrem ao álcool, ao peróxido de hidrogênio ou à clorexidina para desinfetar. No entanto, de acordo com o especialista em primeiros socorros Miguel Assal, essas soluções não são apenas inadequadas, mas também podem piorar o processo de cicatrização. Ele explica isso em um de seus vídeos didáticos publicados no TikTok, no qual ele desmonta um a um os produtos mais comuns no kit de primeiros socorros doméstico.
"O que você colocaria nele?", pergunta Assal no início do vídeo. E ele responde rapidamente: "Bem, eu não usaria álcool, peróxido de hidrogênio ou clorexidina". Sua proposta alternativa é simples, acessível e, acima de tudo, segura: água com sabão neutro.
POR QUE NÃO USAR ÁLCOOL, PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO OU CLOREXIDINA?
Como explica Assal, embora o álcool seja eficaz na eliminação de micro-organismos, ele deve ser usado em pele saudável, não em feridas abertas. "Basta ler aqui", diz ele, apontando para a embalagem, que diz: 'antisséptico para pele saudável, não aplicar em feridas'.
No caso do peróxido de hidrogênio, o especialista alerta que seu poder desinfetante é tão agressivo que também danifica as células boas necessárias para a cicatrização adequada da ferida. "Sua ferida não vai cicatrizar", enfatiza.
A clorexidina, amplamente utilizada em formulações comerciais, também não é a melhor opção quando combinada com álcool. Assal aponta para um exemplo de rótulo: "é apenas 2% de clorexidina e 70% de álcool", insistindo que esse também é um produto desenvolvido para uma pele saudável.
A MELHOR (E MAIS BARATA) ALTERNATIVA: ÁGUA E SABÃO
A recomendação de Miguel Assal é clara: "Eu lhe dou a melhor e mais barata opção: água com sabão neutro". Para aplicá-la, ele sugere molhar uma gaze com o sabão, umedecê-la com água e limpar cuidadosamente a ferida. Esse método não causa reações adversas, elimina os micro-organismos e é indolor.
E QUANTO AO IODO?
Quanto ao iodo - outro clássico dos kits familiares de primeiros socorros - Assal reconhece que "poderia ser útil", mas o descarta devido ao maior risco de alergias e hipersensibilidade. Diante de todas essas opções, ele insiste: "Com água e sabão, você não pode falhar e não dói".
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