MADRID 2 jul. (EUROPA PRESS) -
A ministra da Saúde, Mónica García, anunciou nesta quarta-feira, na Cúpula da ONU em Sevilha, a criação de uma plataforma de ação internacional para promover uma reforma profunda do sistema multilateral de saúde.
"Queremos aproveitar a oportunidade para lançar uma plataforma de ação que reúna países com a mesma opinião e parceiros estratégicos em favor da reforma do sistema multilateral de saúde para torná-lo mais flexível, mais inclusivo e mais bem preparado para os desafios do século XXI", disse García durante sua participação no fórum 'Espanha no Modelo de Governança Global de Saúde'.
Assim, a Ministra da Saúde optou por uma governança que coloca as pessoas e sua saúde no centro, "que transcende as fronteiras e que se baseia na justiça, na cooperação e na responsabilidade coletiva". "A Espanha está comprometida com um multilateralismo renovado, com regras claras, recursos suficientes e um objetivo claro, que a saúde é um direito de todos em todos os cantos do mundo", acrescentou.
Sobre esse ponto, a ministra assegurou que a Espanha está comprometida em liderar a renovação do sistema global de saúde, fortalecendo o "papel central" da Organização Mundial da Saúde (OMS) e contando com iniciativas como a Gavi, a Gavi Vaccine Alliance e o Fórum Global de Saúde.
"Oferecemos nosso modelo de saúde pública e universal, com atenção primária integrada a esse modelo de saúde pública, uma forte AP orientada para a prevenção, como uma das referências que podem inspirar reformas em outros países", disse ele.
Ele também argumentou que os mecanismos de financiamento da saúde global também devem ser reformados: "Impulsionar o investimento doméstico por meio de impostos progressivos e específicos sobre produtos prejudiciais à saúde, como tabaco ou bebidas açucaradas".
"Isso deve ser complementado por esquemas de financiamento misto que combinem recursos nacionais, multilaterais, privados e cooperativos. E isso deve ser alavancado pelo setor biomédico e farmacêutico, como a produção local de suprimentos médicos e o desenvolvimento de infraestruturas científicas", explicou.
Depois disso, García enfatizou que "o sistema de saúde global alcançou avanços extraordinários, salvou milhões de vidas e cobriu necessidades que antes não eram atendidas". No entanto, ele acredita que anos de ação o levaram a se tornar um "ecossistema complexo e fragmentado" que precisa ser atualizado para responder com eficiência às novas necessidades.
Portanto, ele defendeu a mudança para um modelo de governança "multinível, colaborativo e coordenado". "Uma rede que deve buscar missões coletivas importantes, como alcançar a cobertura universal de saúde, fortalecer os sistemas de saúde, preparar-se para futuras pandemias e combater doenças negligenciadas. Tudo isso no contexto da luta contra as mudanças climáticas", acrescentou.
QUATRO PRIORIDADES
Conforme explicou o Ministério da Saúde, a visão da Espanha se baseia em quatro prioridades: garantir financiamento sustentável e previsível para a OMS; esclarecer os mandatos das organizações internacionais; estabelecer mecanismos eficazes de coordenação e responsabilidade; e abrir espaços para um diálogo real entre os atores multilaterais.
"A Espanha está pronta para dar um passo à frente neste momento crucial. Estamos comprometidos com um modelo coordenado, justo e eficaz, onde ninguém seja deixado para trás e onde a saúde esteja no centro e seja um direito de todos", concluiu Mónica García.
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