MADRID, 12 jul. (EUROPA PRESS) -
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan saudou o início do processo de desarmamento do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), o grupo armado que vem travando uma guerra com as forças turcas há mais de 40 anos, no que ele descreveu como o início de um "novo dia" para o país.
"A partir de ontem, o flagelo do terrorismo entrou no processo de chegar ao fim. A partir de ontem, a Turquia começou a fechar uma longa e dolorosa página cheia de lágrimas", proclamou ele em um discurso autocrítico incomum para a diretoria de seu partido Justiça e Desenvolvimento.
"Muitos governos chegaram ao poder e cada um deles afirmou que iria erradicar o terrorismo, mas não conseguiu. O próprio Estado também cometeu alguns erros", acrescentou o presidente, que mencionou casos como a "guerra suja" travada pela Turquia na década de 1990, durante um dos picos da luta contra o PKK.
"Assassinatos sem solução, vilarejos queimados e famílias forçadas a fugir da noite para o dia foram apenas alguns dos crimes cometidos pelo Estado. Em vez de acabar com o terrorismo, ele o exacerbou. Todos nós pagamos o preço por esses erros", acrescentou ele durante seu discurso.
Erdogan, no entanto, garantiu que o desarmamento do PKK é uma vitória total sobre o grupo armado. "Não é o resultado de negociações, barganhas ou um processo de dar e receber", disse o presidente em uma reação à cerimônia de desarmamento do grupo.
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