Publicado 09/05/2025 10:01

Ensaios clínicos com CAR-T abrem caminhos terapêuticos para o tratamento e a cura do lúpus

Da esquerda para a direita, o pesquisador de terapia celular Enrique Andreu; o especialista em reumatologia Enrique Ornilla; a especialista em imunologia Susana Inogés; e o especialista em nefrologia José María Mora.
CLÍNICA UNIVERSIDAD DE NAVARRA

MADRID 9 maio (EUROPA PRESS) -

Diferentes estudos multicêntricos e internacionais estão testando a eficácia e a segurança das terapias CAR-T para tratar e curar doenças autoimunes, como o lúpus, com ou sem envolvimento renal, de acordo com a Clínica Universidad de Navarra (CUN), que está participando de alguns deles.

"Estamos diante de um novo horizonte que representa um salto muito importante para o tratamento de doenças autoimunes, pois estamos passando de um paradigma que consistia em retardar o processo dessas patologias para a possibilidade de curá-las", comemorou o especialista José María Mora, do Serviço de Nefrologia da CUN.

Atualmente, as terapias CAR-T são usadas principalmente contra tumores sanguíneos. O procedimento consiste em extrair o sangue do paciente para separar seus componentes e obter um tipo de célula, chamada células T, que são modificadas em laboratório por engenharia genética antes de serem transfundidas de volta ao corpo da pessoa para combater a doença.

A CUN está trabalhando no desenvolvimento desses tratamentos para o lúpus como parte do consórcio CART-NEL, formado por mais de 40 centros espanhóis, que pretende se expandir para a América Latina para desenvolver estudos independentes. A Clínica também coopera com o setor farmacêutico para oferecer mais oportunidades e acesso a medicamentos inovadores às pessoas necessitadas.

Mora explicou que os estudos em andamento são destinados a pacientes que sofrem de lúpus com ou sem envolvimento renal. Essa doença autoimune afeta mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo e causa inflamação e danos às articulações, à pele, aos rins e ao coração, entre outros órgãos. Sua principal causa é um mau funcionamento do sistema imunológico, que ataca erroneamente o próprio corpo do paciente.

Atualmente, os pacientes com essas doenças autoimunes são tratados com medicamentos imunossupressores para controlar a doença e evitar surtos, mas, na maioria dos casos, sem cura.

O especialista do Serviço de Reumatologia do CUN, Enrique Ornilla, destacou que a terapia que está sendo pesquisada seria especialmente destinada a pacientes que não responderam adequadamente aos tratamentos convencionais ou que dependem deles a longo prazo.

Além disso, ele enfatizou que as pessoas com outras doenças autoimunes, como vasculite, esclerodermia ou miosite, esta última inclusive em idade pediátrica, também se beneficiariam da terapia.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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