Publicado 04/03/2025 07:00

Endocrinologistas enfatizam que as mudanças no estilo de vida são a "base" do tratamento da obesidade

Archivo - Arquivo - Mulher na balança.
ANDRII ZORII/ISTOCK - Archivo

MADRID 4 mar. (EUROPA PRESS) -

A Sociedade Espanhola de Endocrinologia e Nutrição (SEEN) enfatizou que as mudanças no estilo de vida, incluindo dieta, exercícios físicos e apoio profissional, são o "pilar" do tratamento da obesidade e devem estar presentes em todo o processo de atendimento ao paciente.

Isso foi destacado no decálogo sobre os principais aspectos a serem levados em conta na abordagem da obesidade, elaborado por ocasião do Dia Mundial da Obesidade, que alerta para sua alta prevalência na Espanha, onde 18,7% da população sofre de obesidade e 55,8% está acima do peso.

A sociedade científica expressou que a obesidade é uma doença metabólica crônica, heterogênea e de origem multifatorial, portanto, conhecer seus determinantes genéticos, ambientais e psicossociais, bem como suas complicações associadas, é essencial para implementar um tratamento adequado de acordo com as manifestações clínicas e o benefício esperado para a saúde do paciente.

Nesse sentido, ele enfatizou a importância de estabelecer objetivos claros, individualizados e realistas após avaliar as características do paciente, bem como um plano de acompanhamento de longo prazo para garantir a adesão, assegurar a manutenção do peso e a melhora das comorbidades.

No âmbito dos aspectos do estilo de vida, os endocrinologistas destacaram que as pessoas com obesidade devem incorporar a atividade física em sua rotina. Eles recomendaram 150 minutos de exercícios físicos aeróbicos moderados por semana em um primeiro momento, que podem ser aumentados em tempo e intensidade, juntamente com duas ou três sessões por semana de exercícios de resistência e força, com o objetivo de preservar a massa muscular.

"O exercício físico deve ser adaptado às doenças ou limitações funcionais e também às preferências de cada pessoa, aspectos que são fundamentais para garantir a manutenção dos ganhos obtidos em longo prazo", explicou a coordenadora da Área de Obesidade do SEEN, Irene Bretón.

Em relação à dieta, os especialistas defenderam a implementação de um plano alimentar individualizado que se adapte à cultura e ao estilo de vida do paciente e, por meio do consumo de proteínas de alta qualidade biológica, minimize a perda de massa muscular. Também é recomendada uma dieta mediterrânea com atenção especial à qualidade e à quantidade de proteínas.

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO E CIRURGIA BARIÁTRICA

Por outro lado, com relação ao tratamento farmacológico ou à cirurgia bariátrica, os especialistas especificaram que são opções a serem utilizadas nos casos em que a dieta, o exercício e as mudanças de comportamento não forem suficientes, que, mesmo assim, devem continuar sendo mantidas, pois todos os tratamentos são "complementares".

Quanto aos novos tratamentos para combater a obesidade, Bretón advertiu que eles só podem ser usados em pacientes para os quais são indicados. Especificamente, para pessoas com um índice de massa muscular superior a 30 kg/m2 ou com um índice de massa corporal superior a 27 se houver complicações relacionadas à obesidade.

"Não devem ser usados fora dessas indicações, pois não são medicamentos para 'emagrecer', mas sim para ajudar a restaurar o equilíbrio energético, controlar a obesidade e suas complicações", insistiu o médico, que explicou que esses medicamentos melhoram o diabetes, o risco e os eventos cardiovasculares, a apneia do sono e os problemas articulares, entre outros.

Por sua vez, a Dra. Inka Miñambres, membro da Área de Obesidade do SEEN, destacou que a cirurgia bariátrica é um procedimento cirúrgico indicado nos casos "mais graves", que atua por meio de vários mecanismos e ajuda a controlar a obesidade, reduzir o peso de forma sustentada e melhorar suas complicações.

Com tudo isso, a Sociedade Espanhola de Endocrinologia e Nutrição pediu que a obesidade seja reconhecida como uma doença "crônica e complexa" que requer a abordagem de uma equipe multidisciplinar composta por endocrinologistas, médicos de família, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, especialistas em atividade física e cirurgiões, entre outros.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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