MADRID 20 nov. (EUROPA PRESS) -
O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) recomendou nesta quinta-feira a vacinação "sem demora" devido a uma circulação precoce "incomum" da gripe nos países da União Europeia e do Espaço Econômico Europeu (UE/EEE), três a quatro semanas antes do que nas duas temporadas anteriores.
"Este ano, estamos observando um aumento na detecção da gripe muito mais cedo do que o normal, o que significa que o momento é crucial (...) Se você tem direito à vacinação, não espere. Vacinar-se agora é uma das maneiras mais eficazes de proteger você e as pessoas ao seu redor de doenças graves neste inverno", disse o chefe de vírus respiratórios do ECDC, Edoardo Colzani.
A nova cepa é causada pelo subclado K do gene A(H3N2), de acordo com uma avaliação de risco divulgada no início do dia pelo ECDC, que enfatizou a importância da vacinação de todos os que podem ser vacinados, já que um número de infecções maior do que o normal colocaria "pressão adicional" sobre os sistemas de saúde.
"Embora permaneça a incerteza sobre o impacto da próxima temporada de gripe na saúde pública, o ECDC está se preparando para o cenário em que a Europa enfrenta uma temporada de gripe mais grave do que no passado, especialmente se a cobertura de vacinação for baixa", acrescentou a agência.
Portanto, o ECDC recomendou a vacinação das pessoas mais vulneráveis, incluindo pessoas com mais de 65 anos, mulheres grávidas, pessoas com doenças crônicas ou subjacentes ou que sejam imunocomprometidas e pessoas que vivem em ambientes fechados, como casas de repouso.
Também solicitou que os profissionais de saúde e de cuidados de longo prazo sejam vacinados; que as instalações de saúde e as casas de repouso fortaleçam seus planos de preparação e as medidas de prevenção e controle de infecções; e que os funcionários e visitantes sejam incentivados a usar máscaras durante os períodos de maior circulação do vírus respiratório.
Para os profissionais de saúde, o ECDC recomendou considerar a administração rápida de antivirais aos pacientes com maior risco de doença grave para reduzir as complicações.
Para os profissionais de saúde, foi solicitado que considerassem o uso de profilaxia antiviral durante surtos em ambientes fechados, por exemplo, casas de repouso.
Por fim, ele enfatizou a importância de os países promoverem uma comunicação "clara e personalizada" sobre vacinação, higiene das mãos e etiqueta respiratória para ajudar a reduzir a transmissão na comunidade.
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