Publicado 08/05/2025 09:56

O ECDC pede o fortalecimento da comunicação e o aumento da confiança do público diante dos futuros desafios da saúde

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MADRID 8 maio (EUROPA PRESS) -

O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) publicou um relatório para traçar o caminho rumo a uma maior resiliência diante de futuros desafios de saúde, no qual se compromete a fortalecer a comunicação e aumentar a confiança do público.

O aprimoramento da capacidade de transmissão e envio de mensagens permitirá uma comunicação "clara e oportuna" com o público, com foco especial em idosos, jovens e grupos vulneráveis, o que ajudará a combater notícias falsas e desinformação.

Da mesma forma, a experiência interna em coleta e análise de dados será fortalecida, bem como sua capacidade de colaborar e trabalhar com fontes de dados confiáveis, especialmente com instituições públicas.

A agência também investirá em "conhecimento especializado", alocando recursos para equipes dedicadas a questões como mudança climática, ciência comportamental, economia da saúde, modelagem de dados e Inteligência Artificial (IA).

O engajamento de comunidades vulneráveis na resposta aos desafios de saúde faz parte do roteiro do ECDC e promoverá relacionamentos com as populações locais em maior risco, garantindo aconselhamento acessível, confiável e prático.

A colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras agências de saúde pública também será promovida, com o objetivo de criar uma rede de resposta "interconectada e resiliente" na Europa e no mundo.

DESAFIOS RECORRENTES

Esse conjunto de medidas visa abordar vários desafios identificados na estrutura de uma iniciativa iniciada em 2022, que buscou considerar cenários futuros plausíveis e identificar ações para lidar com ameaças emergentes.

A mudança climática é um dos desafios mais recorrentes nessa análise, com cada cenário mostrando seu impacto "persistente e crescente", pois o aumento das temperaturas e os ecossistemas alterados aumentam o risco de doenças transmitidas por vetores e zoonóticas, bem como doenças transmitidas por alimentos e água.

Portanto, o ECDC insistiu na necessidade de implementar estratégias de "Saúde Única", vinculando a saúde humana, animal e ambiental.

Outro desafio identificado é a prevenção de doenças, já que a perda de confiança do público, a fragmentação social e o desinteresse pela prevenção com fins lucrativos, bem como a desinformação, podem prejudicar a implementação de medidas preventivas, como a vacinação e a comunicação sobre saúde.

Outros fatores, como o envelhecimento da população, o aprofundamento das desigualdades sociais e a redução do acesso à assistência médica, podem sobrecarregar os sistemas de saúde existentes, criando um terreno "fértil" para surtos de doenças infecciosas.

De fato, a agência previu que os grupos vulneráveis, como os idosos, os socialmente desfavorecidos e as pessoas com problemas de saúde mental, "se tornarão mais numerosos e diversificados".

Embora a tecnologia e a digitalização tenham o poder de transformar a vigilância e a assistência médica, os especialistas do ECDC enfatizaram que elas também trarão riscos, identificando cenários em que grandes quantidades de dados podem estar disponíveis, bem como outros em que o acesso aos dados pode ser restrito.

"Tecnologias emergentes, como a IA, também apresentam oportunidades e ameaças para o monitoramento e a resposta a doenças", diz o relatório.

Por fim, o ECDC observou que as futuras mudanças na governança criam "grande incerteza" para as autoridades de saúde pública, e eles acreditam que tanto a estrutura quanto a influência da própria agência podem ser afetadas "significativamente".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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