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MADRID 4 dez. (EUROPA PRESS) -
O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) publicou nesta quinta-feira um guia estratégico para ajudar os países europeus a fortalecer sua capacidade de preparação e resposta à gripe aviária e suína e sua possível transmissão aos seres humanos, definindo 14 cenários de risco pré-pandêmicos e as ações a serem tomadas em cada um deles.
O chefe de vírus respiratórios do ECDC, Edoardo Colzani, disse que o risco atual de transmissão ao público é "baixo", mas que surtos generalizados de gripe aviária em animais representam uma "séria ameaça" à saúde pública, portanto, é necessário tomar medidas para garantir que os sinais de alerta precoce "não passem despercebidos" e que as medidas sejam "oportunas, coordenadas e eficazes".
O guia fornece uma estrutura prática para ação que pode ser adaptada à situação de cada país. Os 14 cenários definidos baseiam-se em fatores epidemiológicos e virológicos específicos, como origem animal (aves ou mamíferos), exposição humana ou sinais de gravidade, e vão até a existência de marcadores genéticos que indicam adaptação do vírus aos mamíferos, resistência antiviral ou incompatibilidade com as vacinas disponíveis.
Com base nesses cenários, a diretriz estabelece medidas que são intensificadas de acordo com a situação, que vão desde a melhoria da vigilância e dos testes laboratoriais até a garantia da disponibilidade de equipamentos de proteção e comunicação clara com o público. Ela também destaca a importância da vigilância genômica, da capacitação laboratorial e do compartilhamento de dados em tempo real.
O documento baseia-se na abordagem "One Health", reconhecendo que a saúde humana está intimamente ligada à saúde animal e ao meio ambiente. Nesse sentido, reconhece a importância da estreita colaboração entre os serviços veterinários, a agricultura e a saúde pública para detectar e conter ameaças precocemente e proteger a população europeia.
Além dos cenários e das medidas estratégicas, o ECDC publicou uma ferramenta em Excel que pode ser baixada para definir e pontuar os diferentes cenários de acordo com os acionadores precoces, a fim de promover a transparência e a consistência entre os países.
A orientação foi desenvolvida em colaboração com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), a Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho (EU-OSHA), o Laboratório Europeu de Referência para a gripe aviária e especialistas nacionais.
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