MADRID 18 nov. (EUROPA PRESS) -
O microbiologista e diretor da Funditec Health, Domingo Gargallo-Viola, alertou que "a falta de antibióticos eficazes está causando uma verdadeira pandemia silenciosa", pois a combinação do aumento de infecções resistentes, a escassez de novos medicamentos e a globalização da transmissão bacteriana está criando uma "situação crítica", especialmente para pacientes vulneráveis.
Coincidindo com o Dia Europeu de Conscientização sobre Antibióticos, o especialista em microbiologia alerta para o avanço acelerado da resistência antimicrobiana (AMR) na Europa e para a necessidade urgente de reforçar a prevenção e o desenvolvimento de novos antibióticos.
"Todos os anos, vemos como infecções que costumávamos tratar com relativa facilidade se transformam em doenças graves devido à falta de alternativas terapêuticas. Se não agirmos agora, procedimentos médicos essenciais - de transplantes a cirurgias de rotina - podem se tornar muito mais perigosos", diz Gargallo-Viola.
Novos dados do ECDC mostram que as infecções resistentes por Klebsiella pneumoniae ou Escherichia coli continuam a aumentar, enquanto o consumo geral de antibióticos está aumentando em vez de diminuir. Para a equipe da Funditec Health liderada pelo Dr. Gargallo-Viola, "a situação reflete que as medidas atuais não são suficientes. Precisamos de uma estratégia mais coordenada e sustentada com incentivos reais para a inovação.
O especialista aponta que a resposta deve se basear em três linhas principais: primeiro, o uso responsável e racional de antibióticos, tanto em hospitais quanto na atenção primária. Em segundo lugar, o fortalecimento da prevenção e do controle de infecções, com protocolos homogêneos em toda a Europa. E, em terceiro lugar, um impulso decisivo à P&D de novas moléculas, com modelos que garantam o acesso e a sustentabilidade.
"Os antibióticos não podem continuar a operar sob os mesmos modelos de mercado que os medicamentos crônicos (...). Se não incentivarmos a pesquisa pública e privada, continuaremos a não incorporar mecanismos de ação realmente novos", explica o especialista da Funditec Health, uma fundação que trabalha em sua sede no campus da BASID em Barcelona com pesquisa translacional, terapias avançadas e saúde digital para enfrentar desafios críticos como a AMR.
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