MADRID 6 mar. (EUROPA PRESS) -
O cirurgião geral da Policlínica Gipuzkoa, José Luis Elósegui, advertiu que a diverticulite afeta metade da população com mais de 50 anos, apesar de poder ser prevenida com uma dieta rica em fibras, exercícios regulares e cuidados com a hidratação.
"Os divertículos são pequenas deformidades que se formam ao longo de nossas vidas na parede do intestino, de modo que metade da população acima de 50 anos sofre com eles. Elas são mais frequentes no cólon, devido aos sintomas que produzem", explicou Elósegui, que enfatizou que muitas vezes são assintomáticas.
Essa inflamação, que afeta 15% dos casos, pode causar sintomas "semelhantes" aos da apendicite, mas no lado esquerdo do intestino, e pode causar um "problema grave" se o paciente não for tratado.
"Os sintomas mais comuns podem ser sangramento diverticular, complicações devido a divertículos, abscessos, fístulas.... Portanto, o principal sintoma que o paciente sentirá é a dor abdominal. Essa dor é caracterizada pelo fato de que não muda, mas é uma dor constante na parte inferior do abdômen, geralmente do lado esquerdo, não desaparece com a mudança de postura e pode até reduzir o apetite ou causar náuseas", explicou.
A dor pode ser acompanhada de outros sintomas, como mal-estar geral ou febre, o que é um caso "mais grave" ou que apresenta "alguma complicação", e pode se espalhar por toda a área até formar uma peritonite.
Assim que os sintomas começarem a aparecer, deve-se tentar um "repouso digestivo", que consiste em seguir uma dieta "baseada em líquidos, sopas, caldos, infusões e água", o que dará ao intestino grosso um "descanso"; se não houver melhora em 24 horas, o médico deve ser consultado para um exame.
"Se a diverticulite for complicada, apresentando uma microperfuração com pequenas bolsas de pus, é necessário repouso digestivo absoluto, com tratamento antibiótico e, se necessário, cirurgia. Temos diferentes técnicas minimamente invasivas para tratar e resolver o problema", acrescentou.
Ele também enfatizou que esse tipo de paciente terá que regular sua dieta no futuro porque "há certos alimentos que não são bons para eles".
No caso do aparecimento dessa patologia em pessoas mais jovens, o cirurgião geral acredita que pode haver uma "relação direta" com o estresse, razão pela qual ele recomendou aprender a gerenciá-lo.
Apesar de tudo, Elósegui afirmou que não foram encontrados fatores genéticos claros que influenciem como fatores de risco, embora tenha sido encontrada uma associação familiar.
"Quanto mais velho você fica, maior o risco de divertículos, porque o cólon funciona por pressão pneumática para empurrar o conteúdo fecal para frente e, com o passar dos anos, perdemos esse tônus muscular. O próximo fator é o ritmo intestinal e, acima de tudo, a constipação, à qual podemos associar uma dieta pobre em fibras e um estilo de vida sedentário", acrescentou.
Com relação à prevenção, ele enfatizou a importância de "tentar, de alguma forma, garantir que a idade afete o intestino o mínimo possível", para que seu ritmo seja o melhor possível, e para isso é necessário seguir uma dieta rica em fibras, um dos fatores "mais importantes" na prevenção do aparecimento da doença.
"E, por outro lado, precisamos nos exercitar regularmente, por exemplo, fazendo uma caminhada, mas não há necessidade de exercícios extenuantes. E cuidar da hidratação, para facilitar a promoção do conteúdo fecal", disse ele.
Elósegui insistiu que deveríamos "voltar à dieta de nossos avós, a dieta do prato e da colher, a dieta rica em fibras, que significa um primeiro prato de legumes, verduras ou saladas, um segundo prato e uma sobremesa com alto teor de fibras".
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