Publicado 07/03/2025 11:10

A dieta mediterrânea protege contra a depressão, enquanto a dieta ocidental aumenta o risco

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MADRID 7 mar. (EUROPA PRESS) -

A psiquiatra e chefe de estudos da Unidade de Ensino da Rede de Saúde Mental de Vizcaya, Eva Garnica, destacou que a dieta tem um impacto na saúde mental, de modo que foi demonstrado que uma dieta mediterrânea pode proteger contra a depressão, enquanto a dieta ocidental, baseada em alimentos ultraprocessados e gorduras não saudáveis, aumenta o risco.

De fato, o especialista fez alusão a vários estudos que mostram que as pessoas com transtornos mentais graves comem regularmente refeições mais calóricas do que as pessoas saudáveis e demonstram que as dietas ricas em açúcar e alimentos processados pioram a saúde do cérebro.

"Curiosamente, observou-se que no início da psicose já existe uma relação entre a gravidade dos sintomas e a maior ingestão de calorias e a menor ingestão de proteínas", acrescentou.

Conforme apontou Garnica durante o XXXIII Curso Nacional de Atualização em Psiquiatria, existem diferentes hipóteses que explicam por que a dieta pode ser prejudicial à saúde mental, "desde a inflamação, até a modificação da microbiota, alterações metabólicas e outras".

Em particular, ele entrou em mais detalhes sobre a inflamação, em relação à qual ele lembrou que há evidências que demonstraram sua presença em pessoas com transtornos mentais graves por meio de marcadores sanguíneos. Nesse sentido, ele destacou que as dietas ricas em carboidratos refinados, açúcar, alimentos ultraprocessados e gorduras trans aumentam a inflamação sistêmica.

Conhecendo essa relação entre a inflamação da dieta e a saúde, bem como os benefícios das intervenções dietéticas para a saúde física em transtornos mentais graves, Garnica indicou que "é razoável explorar a inflamação da dieta em algumas das desigualdades de saúde (obesidade, diabetes, risco cardiovascular) de pessoas com essas patologias psiquiátricas".

O psiquiatra detalhou que, nos últimos anos, houve "muitas pesquisas" sobre o eixo microbiota-intestino-cérebro e a eficácia de algumas intervenções baseadas no estilo de vida - nutrição e exercício físico -, psicobióticos ou até mesmo transplante fecal está começando a ser demonstrada.

Nessa linha, ele indicou que já existem profissionais que estão concentrando seus tratamentos no nível metabólico, ou seja, tentando melhorar os distúrbios cerebrais e mentais combatendo a obesidade ou prescrevendo a chamada neurocetoterapia, que consiste no uso de dieta cetogênica e/ou jejum intermitente para melhorar os distúrbios cerebrais e mentais.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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