David Zorrakino - Europa Press - Arquivo
5.000 genes se comportam de forma diferente nesse tipo de depressão
BARCELONA, 31 out. (EUROPA PRESS) -
Um estudo conduzido pelo Instituto de Pesquisa do Hospital del Mar, em Barcelona, juntamente com outros centros europeus, identificou que a depressão resistente ao tratamento não é uma forma mais grave de depressão maior, mas uma "condição biológica diferenciada".
O trabalho, publicado na revista 'Brain, Behavior and Immunity', analisou o sangue de 300 pessoas com transtorno depressivo maior e descobriu que mais de 5.000 genes se comportam de forma diferente na depressão resistente ao tratamento em comparação com os pacientes não resistentes, informou o Hospital del Mar em um comunicado na sexta-feira.
Marie-Claude Potier, pesquisadora do Instituto do Cérebro de Paris, na França, que participou do estudo, explicou que muitos desses genes estão ligados ao sistema imunológico, à regulação da atividade gênica e à neuroplasticidade, todos eles "fatores-chave na biologia da depressão".
"O fato de que cerca de 20% dos genes ativos, incluindo muitos essenciais para a fisiopatologia da depressão, se comportam de forma diferente sugere que a depressão resistente ao tratamento tem uma biologia própria", disse ele.
A resposta imunológica reduzida observada em pacientes que tomam antidepressivos padrão sugere que esse pode ser o motivo pelo qual esses tratamentos "frequentemente fracassam" nessas pessoas.
O estudo apresenta os primeiros resultados do consórcio Prompt, financiado pelo programa europeu ERA PerMed, que tem como objetivo criar modelos de aprendizado de máquina para prever quais pacientes correm o risco de desenvolver depressão resistente ao tratamento.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático