Publicado 04/07/2025 07:38

A CSIF diz que as comunidades autônomas já estão fechando leitos e salas de cirurgia devido à falta de pessoal extra

Archivo - Arquivo - Leito hospitalar
EUROPA PRESS - ARCHIVO

MADRID 4 jul. (EUROPA PRESS) -

A Central Sindical Independente e de Funcionários Públicos (CSIF) afirmou nesta sexta-feira que as comunidades autônomas já começaram a fechar leitos e salas de cirurgia devido à falta de reforço do pessoal de saúde para as férias de verão, uma situação que já havia denunciado que ocorreria há algumas semanas.

"Nossos delegados em toda a Espanha denunciam que milhares de leitos hospitalares, salas de emergência, serviços de cirurgia, consultas hospitalares e outros serviços em todo o país fecharão nos próximos três meses e, além disso, muitos centros de saúde não terão atividade à tarde devido à falta de pessoal, o que será especialmente notável nas áreas de fluxo turístico especial e resultará em um aumento nas listas de espera", enfatizou a organização sindical em um comunicado.

Depois disso, ela denunciou a "opacidade" das regiões autônomas quando se trata de publicar seus planos de reforço e contingência, apesar das "solicitações repetidas" da CSIF e de outros sindicatos de saúde, e lamentou que os dados fornecidos estejam "desagregados" por hospitais e serviços, sem ter uma "estrutura homogênea" que permita uma comparação com anos anteriores.

"A situação está forçando as comunidades autônomas a começar a fechar leitos hospitalares, adiar exames e cirurgias não urgentes, unificar unidades, mudar turnos e transferir médicos dos centros de saúde para as áreas costeiras para cobrir as consultas à tarde", acrescentou.

SITUAÇÃO POR COMUNIDADE AUTÔNOMA

A CSIF deu alguns exemplos de situações por região autônoma, como a Comunidade Valenciana, na qual vários de seus hospitais relataram fechamentos temporários de leitos hospitalares durante julho (394 fechamentos), agosto (704) e setembro (421) devido ao mau planejamento do pessoal, e as unidades de adultos, pediatria, ressuscitação, UTI e UTI pediátrica, Digestivo, Cirurgia Ortopédica, Traumatologia, Pediatria, Obstetrícia e Medicina Interna serão afetadas.

No caso de Múrcia, os hospitais planejam fechar 235 leitos em julho, 341 em agosto e mais 235 em setembro. Além disso, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Rosell, em Cartagena, será totalmente fechada, enquanto a UTI e duas alas hospitalares do Hospital Reina Sofia, em Múrcia, serão parcialmente fechadas.

Na Galícia, estão planejados até 600 fechamentos de leitos durante o verão, além do fechamento temporário de algumas consultas de atenção primária; em Aragão, 682 leitos hospitalares e cirúrgicos já começaram a ser fechados, 14% a mais do que no ano anterior.

Em La Rioja, já houve fechamentos em algumas áreas do Hospital Universitário San Pedro (Logroño), bem como dois controles de hospitalização em dois andares; em Castilla La Mancha, espera-se que quase 400 leitos sejam fechados durante o verão, quase o dobro do ano passado.

O sindicato também informou que em Madri haverá fechamentos na Área de Hospitalização Cirúrgica do Ramón y Cajal, onde 15 dos 190 leitos disponíveis serão mantidos abertos; na Unidade de Hospitalização do Gregorio Marañón, que fechará um quarto de seus 800 leitos; e outros fechamentos nos Hospitais Infanta Cristina e Infanta Sofía. Por sua vez, o Hospital Carlos III começou a fechar 30% de seus leitos.

Além disso, previu um colapso da atenção primária devido ao fato de que apenas 9% das vagas para médicos de família e 8% para pediatras serão preenchidas, enquanto a porcentagem de parteiras será inferior a 50%.

A situação na Catalunha não será diferente, com a previsão de fechamento de pelo menos 20% dos leitos hospitalares, assim como em Astúrias, onde mais de 300 leitos hospitalares serão fechados, além de um ou dois andares completos em alguns centros, uma redução nas consultas ambulatoriais e o fechamento temporário de alguns consultórios rurais.

A CSIF também lamentou que na Cantábria não tenham sido estabelecidos planos de contingência para as férias de verão, o que resultará no fechamento de 20% dos leitos cirúrgicos; da mesma forma, denunciou o fato de que o Hospital Sierrallana, em Torrelavega, tem apenas nove enfermeiros para cobrir esse período.

Na Andaluzia, apenas 25% dos centros de saúde estarão abertos à tarde durante o verão, enquanto a atividade cirúrgica será reduzida em 25%, assim como a atividade hospitalar; os hospitais das Ilhas Baleares também verão um máximo de 150 leitos fechados somente em agosto.

Os dados fornecidos pelas autoridades da Extremadura mostram que o Hospital Perpetuo Socorro (Badajoz) fechará metade de sua UTI e Unidade de Reanimação em agosto, enquanto a unidade de Traumatologia também fechará em agosto, bem como o bloco cirúrgico de Cirurgia Ortopédica e Traumatologia. A Unidade de Ginecologia do Hospital Materno Infantil também será parcialmente fechada, reduzindo sua atividade em 35%.

A Área de Saúde de Cáceres também será afetada, com a expectativa de que a atividade cirúrgica no Hospital Universitário seja de 60% em julho, 40% em agosto e 60% em setembro, enquanto as consultas ambulatoriais no Hospital San Pedro de Alcántara serão reduzidas a 40% durante o período de verão.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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