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MADRID 18 dez. (EUROPA PRESS) -
A Central Sindical Independente e Funcionários Públicos (CSIF) denunciou nesta quinta-feira que o sistema de saúde está "no limite" pela alta incidência de gripe, Covid-19 e outras infecções respiratórias, o que está causando o "colapso" do pronto-socorro de alguns hospitais e aumentando a espera por consultas na Atenção Primária (AP), uma situação agravada pela "falta de pessoal".
"O pior da epidemia de gripe ainda não chegou e o Sistema Nacional de Saúde já está mostrando um quadro desolador em toda a Espanha. Quase 800 pacientes por dia são tratados na sala de emergência de alguns hospitais, pacientes em cadeiras ou poltronas porque não há macas e quatro dias de espera por um leito. A situação é igualmente dantesca na atenção primária, com horários saturados e atrasos de 15 dias", disse o porta-voz nacional de saúde da CSIF, Darío Carrasquilla.
De acordo com os delegados sindicais, a situação piorou em comparação com as últimas semanas. Como exemplos do estado do sistema, eles apontaram que o Departamento de Emergência do Hospital Universitário de Toledo (HUT) atendeu 784 pacientes em um dia, enquanto alguns hospitais em Madri substituíram as cadeiras do pronto-socorro por camas devido à falta de espaço, com quase 90 pacientes esperando.
Para a CSIF, tudo isso se deve à falta de profissionais em todas as categorias de saúde, especialmente à perda de profissionais médicos e de enfermagem como resultado dos incentivos limitados oferecidos por algumas comunidades autônomas. Soma-se a isso um "péssimo" planejamento da cobertura e substituição de licenças, férias e afastamentos por doença do pessoal de saúde, e a ausência de planos de contingência "em toda a linha".
Por esse motivo, a organização exigiu reforços "urgentes" de pessoal, tendo em vista a chegada do fim de semana e o pico "iminente" de infecções respiratórias. "A CSIF exige um aumento no número de funcionários da área de saúde para garantir que os cidadãos recebam os cuidados necessários", enfatizou Carrasquilla.
SITUAÇÃO POR COMUNIDADES AUTÔNOMAS
O sindicato ofereceu uma visão geral das comunidades mais afetadas. Em Madri, como ele apontou, os horários dos PAs estão transbordando há dias e a situação nos hospitais é especialmente crítica no Clínico, Gregorio Marañón, La Princesa, La Paz e 12 de Octubre, onde as salas de emergência estão transbordando e há falta de leitos.
Na Andaluzia, a situação nos prontos-socorros de muitos centros é semelhante e, em alguns, como o Hospital Universitário Clínico San Cecilio (Granada), eles estão tendo que reforçar os postos de observação com outros serviços. Outro centro em que a situação é "muito preocupante" é o Hospital Universitário Virgen de Valme (Sevilha), bem como os serviços de pediatria, maternidade e bebês em Málaga. Em nível trabalhista, a CSIF indicou que muitos profissionais estão sendo privados de dias de férias que estavam reservados para o final do ano.
Enquanto isso, na Catalunha, as salas de emergência de todos os centros de saúde estão saturadas e os horários de atendimento estão em colapso. Nos departamentos de emergência dos hospitais, os pacientes são atendidos em cadeiras e poltronas ou em macas nos corredores, com tempos de espera que variam de horas a dias. Isso está fazendo com que vários hospitais públicos abram unidades que estavam fechadas há vários meses.
Quanto à Comunidade Valenciana, a CSIF denunciou que o sistema de saúde não conta com os reforços necessários, além de um déficit crônico de profissionais. Na mesma linha, assinalou que a resposta do governo de Astúrias é insuficiente, já que se limitou a estender a campanha de vacinação por mais uma semana à tarde e sem consultas, sem reforçar o pessoal ou os recursos em quase nenhuma área da saúde, algo que considera "inexplicável e inaceitável".
Na Galícia, ele destacou que os serviços de emergência continuam saturados, com pacientes tendo que esperar quatro horas ou mais para serem transferidos para a enfermaria, enquanto as áreas de observação também operam no limite de sua capacidade. Os pacientes esperam uma média de 10 dias para serem atendidos por um médico de família, o que aumenta o risco de complicações, especialmente entre os grupos mais vulneráveis.
Com relação à situação de "atividade muito alta" na Cantábria, o sindicato destacou que o hospital mais afetado foi o Valdecilla. Por fim, em Aragão, ele comentou que estão sendo feitos reforços, de modo que o problema não é tanto a falta de pessoal, mas a falta de espaço, principalmente no Hospital Universitário Miguel Servet, onde ele destacou que um paciente estava há quatro dias no pronto-socorro esperando para ser admitido na enfermaria, e no Hospital Universitário Royo Villanova, onde outro paciente estava lá há 65 horas.
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