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MADRID 4 dez. (EUROPA PRESS) -
A Central Sindical Independente e Funcionários Públicos (CSIF) denunciou nesta quinta-feira que os serviços de Emergência e as consultas de Atenção Primária (AP) estão começando a ficar saturados com a chegada de pacientes afetados por infecções respiratórias, como a epidemia de gripe, devido à falta de profissionais e ao "péssimo" planejamento.
Isso foi afirmado pela CSIF em uma declaração na qual aponta a perda de profissionais médicos e de enfermagem, como resultado da falta de incentivos oferecidos por algumas comunidades autônomas. Os dados da Previdência Social coletados pela organização sindical mostram que 44.000 cargos foram destruídos desde setembro passado.
Soma-se a isso o recrutamento "mínimo" de pessoal de reforço e a falta de substituição de licenças, férias e licenças médicas, bem como a ausência de planos de contingência "quase generalizada" nas comunidades autônomas. Tudo isso faz com que os trabalhadores fiquem "exaustos", com jornadas de trabalho contínuas e intervalos reduzidos, de acordo com a CSIF.
Em uma análise da situação por região, o sindicato detalhou que na Comunidade de Madri os pacientes estão esperando até três horas para serem avaliados por um médico após a triagem e que, embora alguns centros tenham ativado contratações de reforço esta semana, o número de profissionais incorporados não foi comunicado publicamente.
Na Andaluzia, de acordo com o CSIF, a espera para admissão na enfermaria chega a 72 horas e, em alguns casos, os pacientes permanecem em macas empilhadas nos corredores por mais de 14 horas enquanto aguardam um leito. Além disso, a falta de pessoal levou a cancelamentos e atrasos nas salas de cirurgia e nos exames de diagnóstico, enquanto a situação na atenção primária é precária.
Com relação a Castilla-La Mancha, ele apontou que o plano de inverno não foi oficialmente iniciado e apenas 20 enfermeiras foram notificadas para ampliar a vacinação, sem reforço em outras categorias de atendimento. A lista de espera no PC na comunidade chega a 15 dias e os problemas estão começando a ser registrados nas emergências hospitalares.
Ele também comentou que, na Galícia, o tempo de espera no PC está entre 10 e 15 dias, com uma média de duas a quatro horas para admissão em emergências hospitalares e até três a cinco horas para admissão na enfermaria. Da mesma forma, ele alertou que os escassos reforços em Astúrias estão gerando esperas de mais de 24 horas para admissão em várias áreas e cancelamentos de atividades cirúrgicas e de diagnóstico.
Na Comunidade Valenciana, ele apontou que a situação pode se complicar "seriamente" na próxima semana e isso pode levar ao colapso dos serviços. Enquanto isso, ele reclamou que não há dados oficiais sobre reforços específicos em Castilla y León, Cantabria, Catalunha, Extremadura ou Ilhas Baleares.
Enquanto isso, ele enfatizou que em Aragão, apesar da situação epidêmica e do alto fluxo de pacientes nos departamentos de emergência do PC, a situação é "normal" nos departamentos de emergência e hospitais e a campanha de vacinação "está funcionando bem".
"Além disso, tememos que a situação se agrave nas próximas semanas devido a uma nova variante da gripe, ainda mais contagiosa, razão pela qual os serviços de saúde de muitas comunidades autônomas estão recomendando o uso de máscaras para a população, especialmente nos centros de saúde e especialmente para os profissionais de saúde", disse o sindicato.
Diante desse cenário, a CSIF solicitou a publicação imediata dos números oficiais de reforços de inverno por hospitais, áreas, categorias e níveis de atendimento; um reforço efetivo e avaliável do pessoal na atenção primária, hospitalização e emergências; uma Estratégia Nacional coordenada para reforços, liderada pelo Ministério da Saúde; e a revisão urgente dos índices de pessoal, ajustados à pressão real que está causando a onda de frio.
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