Publicado 06/03/2025 08:43

Cratera de impacto mais antiga do mundo descoberta na Austrália

Localização da cratera de impacto mais antiga do mundo
Universidad de Curtin

MADRID 6 mar. (EUROPA PRESS) -

Pesquisadores da Curtin University descobriram a cratera de impacto de meteorito mais antiga do mundo, o que pode redefinir significativamente nossa compreensão das origens da vida e de como nosso planeta foi formado.

A equipe da Escola de Ciências da Terra e Planetárias da Curtin investigou camadas de rocha no North Pole Dome, uma área da região de Pilbara, na Austrália Ocidental, e encontrou evidências de um grande impacto de meteorito há 3,5 bilhões de anos. Ele publicou os resultados na Nature Communications.

O professor Tim Johnson, da Curtin University e co-líder do estudo, disse que a descoberta desafiou significativamente as suposições anteriores sobre a história antiga do nosso planeta. "Antes de nossa descoberta, a cratera de impacto mais antiga tinha 2,2 bilhões de anos, portanto, essa é de longe a cratera mais antiga já encontrada na Terra", disse ele em um comunicado.

GRANDE EVENTO PLANETÁRIO

Os pesquisadores descobriram a cratera graças aos "cones de fragmentação", formações rochosas distintas que só se formaram sob a intensa pressão do impacto de um meteorito. Os cones de fragmentação no local, a cerca de 40 quilômetros a oeste de Marble Bar, na região de Pilbara, na Austrália Ocidental, foram formados quando um meteorito se chocou contra a área a mais de 36.000 km/h (22.000 mph). Esse teria sido um grande evento planetário, criando uma cratera de mais de 100 km de largura que teria enviado detritos para todo o mundo.

"Sabemos que grandes impactos eram comuns no início do sistema solar observando a Lua", disse o professor Johnson. "Até agora, a ausência de crateras realmente antigas significa que os geólogos as ignoram em grande parte. Este estudo fornece uma peça crucial do quebra-cabeça da história de impacto da Terra e sugere que pode haver muitas outras crateras antigas que podem ser descobertas com o tempo."

O coautor principal, Professor Chris Kirkland, também da Curtin's School of Earth and Planetary Sciences, disse que a descoberta lança uma nova luz sobre como os meteoritos moldaram o ambiente inicial da Terra. "A descoberta desse impacto e a descoberta de outros do mesmo período podem explicar muito sobre como a vida pode ter começado, já que as crateras de impacto criaram ambientes favoráveis à vida microbiana, como poças de água quente", disse o professor Kirkland.

"Ele também refina radicalmente nossa compreensão da formação da crosta: a enorme quantidade de energia desse impacto pode ter desempenhado um papel na formação da crosta primitiva da Terra, empurrando uma parte da crosta terrestre para baixo de outra, ou forçando o magma a subir das profundezas do manto terrestre para a superfície. Pode até ter contribuído para a formação de crátons, que são massas de terra grandes e estáveis que se tornaram a base dos continentes.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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