Publicado 02/12/2025 09:40

O Conselho Geral de Dentistas lança um folheto para promover a saúde bucal de pessoas com deficiências

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Alerta que pessoas com deficiências podem ter sua saúde bucal comprometida

MADRID, 2 dez. (EUROPA PRESS) -

O Conselho Geral de Dentistas e a Fundação Dentária Espanhola (FDE), por ocasião do Dia Mundial da Deficiência, que é comemorado em 3 de dezembro, produziram um folheto para download destinado a pacientes com deficiência, bem como a seus familiares e cuidadores, para ajudá-los a prevenir patologias bucais e aumentar a conscientização sobre a importância dos cuidados bucais para melhorar a qualidade de vida e evitar complicações futuras.

O Conselho lembra que as pessoas com deficiência reconhecida, com um grau de 33% ou mais, representam 3,3 milhões de pessoas na Espanha. Em termos de tipo de deficiência, as deficiências osteoarticulares (mobilidade) representam 42% do total, seguidas pelas deficiências intelectuais (34%) e as que afetam as tarefas e a comunicação (33%).

Nesse ponto, ele alerta que os problemas bucais são muito prevalentes. A cárie e a doença periodontal estão entre as mais frequentes de todas as doenças não transmissíveis e são particularmente relevantes para as pessoas com deficiência. As limitações são muito diferentes de pessoa para pessoa, dependendo do tipo e do grau de deficiência. Todas elas geralmente têm um impacto sobre a saúde bucal do paciente, mas a intensidade e a gravidade desse impacto são altamente variáveis.

Ele ressalta que há várias patologias bucais cujo risco aumenta em pessoas com deficiências, por exemplo, elas tendem a ter um alto número de cáries. Entre os principais fatores envolvidos no aumento do risco de cárie estão a xerostomia (diminuição da produção de saliva), devido ao consumo de ansiolíticos e drogas anticolinérgicas. Dietas especiais, hipotonia muscular e disfunção motora são outras causas relevantes.

"Pacientes com deficiências frequentemente apresentam uma limitação, às vezes muito importante, na remoção adequada e periódica do biofilme, principal causa da doença periodontal", ressalta.

Nesse sentido, ele enfatiza que outras patologias bucais, como halitose, bruxismo ou traumatismo dentário, representam um desafio para os pacientes com deficiência. Além desse risco aumentado de patologias bucais em casos de pacientes com deficiência grave, há também um baixo nível de cuidados bucais, pois isso requer meios específicos, às vezes incluindo anestesia geral. "Os recursos públicos para o atendimento odontológico desses pacientes são claramente insuficientes em nosso país, contribuindo assim para sua deterioração bucal", lamentam.

"Nosso compromisso com a assistência à saúde, embora seja para todos, assume um significado muito especial para os pacientes com deficiências. Os riscos associados que eles frequentemente apresentam, bem como suas inúmeras limitações para o autocuidado em alguns casos, nos obrigam ética e profissionalmente a fazer o melhor para cuidar de sua saúde", disse o presidente do Conselho Geral de Dentistas e da Fundação Espanhola, Óscar Castro.

"Ainda precisamos progredir em outras áreas da saúde para melhorar a saúde bucal das pessoas com deficiência e colaborar entre todos nós de forma intersetorial. Porque somos todos iguais, somos todos diferentes e a saúde bucal das pessoas com deficiência é um direito", conclui Castro.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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