MADRID 18 nov. (EUROPA PRESS) -
O Conselho de Administração do Centro Nacional de Pesquisa do Câncer da Espanha (CNIO) realizará uma reunião extraordinária no dia 25 de novembro para analisar a situação do centro, após denúncias de um suposto desvio de 25 milhões de euros em contratos públicos durante 18 anos, de acordo com fontes do Ministério da Ciência, Inovação e Universidades.
O Ministério argumenta que o CNIO iniciou uma nova fase em 29 de janeiro deste ano, depois que o Conselho de Administração do Centro decidiu por unanimidade, no mesmo dia, demitir sua então diretora científica, María Blasco, e seu gerente, Juan Arroyo. A decisão foi tomada porque a "atmosfera no centro não era compatível com a excelência científica exigida".
No mesmo dia 29 de janeiro, foi decidido iniciar um processo para lançar um concurso público internacional para eleger um novo diretor científico e um novo diretor à frente da administração do centro: "Cuja missão, entre outras, era colocar a situação do CNIO nos últimos 18 anos em preto e branco, reunindo todas as informações a esse respeito e aprofundando a situação, uma vez que os relatórios apresentados naquele mesmo dia sobre a situação do centro, tanto pelo diretor científico quanto pelo diretor administrativo, eram parciais e não contrastados", de acordo com o Ministério.
De acordo com as mesmas fontes, o atual gerente do CNIO assumiu o cargo em 1º de setembro e um dos objetivos confiados ao novo gerente pelo Conselho de Curadores do Centro é reunir todas as informações necessárias para conhecer a situação do Centro. "As contas do CNIO são auditadas anualmente pela Controladoria Geral do Estado, e o Tribunal de Contas está atualmente auditando os exercícios financeiros de 2022, 2023 e 2024", afirmam.
O Ministério também garante que não tem conhecimento de que o Ministério Público de Madri tenha notificado o CNIO de qualquer reclamação a esse respeito. "Em qualquer caso, este Ministério expressa absoluta colaboração com o sistema de justiça e máxima determinação com qualquer tipo de irregularidade que possa ter ocorrido", acrescenta.
Neste ponto, lembra que a contratação e demissão de funcionários do CNIO é de responsabilidade exclusiva da direção do centro, de acordo com o artigo 20.g) de seus Estatutos.
Portanto, o Ministério apoia a excelência científica do CNIO e de seus pesquisadores, e lembra que ele é uma marca do poder de pesquisa da Espanha em todo o mundo, "hoje o primeiro centro de pesquisa de câncer na Espanha e o segundo mais importante da Europa", acrescenta.
"O objetivo do Ministério foi, é e será trabalhar para garantir a estabilidade e o futuro do CNIO, e apoiar sua excelência", conclui.
SUMAR PEDE QUE O MINISTRO MORANT COMPAREÇA AO CONGRESSO
Nesta terça-feira, a Sumar anunciou que pedirá à ministra da Ciência e das Universidades, Diana Morant, que compareça ao Congresso para esclarecer as denúncias sobre o suposto desvio de 25 milhões de euros em contratos públicos ao longo de 18 anos no CNIO.
Isso foi anunciado em uma coletiva de imprensa pela deputada do Más Madrid, Tesh Sidi, depois de ouvir as alegações na imprensa: "Como porta-voz da Ciência e das Universidades, vou solicitar uma audiência com a ministra, que tenho certeza de que poderá explicar melhor", disse ela a um jornalista.
Em sua opinião, a Espanha "carece de muitas auditorias" e esse exercício "não faz parte da democracia espanhola". "Em todos os governos, há necessidade de auditorias sobre como os orçamentos gerais são executados em todos os centros, porque é a maneira de devolver a este Congresso de Deputados em que o dinheiro público é gasto", disse ela.
A deputada de Sumar também disse que, com uma maior supervisão, "não haveria tantos esquemas de corrupção" e haveria "um monitoramento muito mais confiável".
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