OVIEDO 9 maio (EUROPA PRESS) -
A ministra regional da Saúde do Principado de Astúrias, Concepción Saavedra, reconheceu nesta sexta-feira, durante um café da manhã sócio-sanitário organizado pela Europa Press, que o sistema de saúde da região tem um déficit na forma de se relacionar com os cidadãos. "A pior coisa que fazemos é nos comunicar", disse ela, referindo-se às principais reclamações recebidas pela Sespa. "Os pacientes sentem que não os informamos.
Saavedra alertou que "quanto mais avançamos no conhecimento técnico-científico, menos avançamos no conhecimento emocional", e pediu um melhor treinamento em comunicação para os profissionais de saúde. "A humanização deve estar em todos os protocolos que temos", disse ele, ressaltando que ela deve abranger não apenas os procedimentos clínicos, mas também "quando eu informo, quando eu comunico e o que eu comunico".
CUIDADOS COM A SAÚDE MENTAL
Nesse contexto, o Ministro Regional anunciou que o Principado está trabalhando em um pacto regional para a saúde mental do qual participarão pacientes, familiares, sociedades científicas, profissionais, forças de segurança, mídia e conselhos municipais.
"É um pacto de valores", indicou ele, e disse que em junho será iniciado o diálogo com os grupos políticos para chegar a um consenso sobre seu conteúdo. Ele também anunciou que, antes do final do ano, será apresentada uma lei de saúde mental que incluirá o modelo comunitário, recursos de atendimento e "os direitos das pessoas com deficiências psicossociais".
Entre as iniciativas para combater o desconforto emocional e a desinformação, Saavedra destacou o projeto Astúrias Saudável, que buscará "jovens profissionais que gerenciam redes sociais" para disseminar conteúdo sobre nutrição, exercícios, bem-estar e uso do sistema de saúde. "Todas as coisas que as pessoas procuram na Internet e que geram desinformação, nós as forneceremos", disse ele.
ATRAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NAS ASTÚRIAS
Em termos de pessoal de saúde, o Ministro Regional defendeu a estratégia de recrutamento ativo de profissionais como um dos principais fatores que fizeram das Astúrias "a região com o maior número de médicos por mil habitantes".
De acordo com ela, a Sespa tem um escritório que entra em contato direto com profissionais de outras comunidades autônomas para fornecer informações sobre as condições de trabalho no Principado.
"Temos horários flexíveis, contato com grandes hospitais e tecnologia de ponta", explicou, referindo-se aos incentivos oferecidos, especialmente em áreas rurais ou de difícil cobertura. Ele também apontou que estão sendo processadas medidas para que o tempo trabalhado nessas áreas "conte em dobro" na carreira profissional ou em processos seletivos.
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