Publicado 13/03/2025 11:33

O Congresso dá o primeiro passo para a criação da Agência Estadual de Saúde Pública e aprova o parecer da Comissão

Archivo - Arquivo - Fachada do Congresso dos Deputados, 19 de setembro de 2023, em Madri (Espanha).
Marcos Villaoslada - Europa Press - Archivo

MADRID 13 mar. (EUROPA PRESS) -

A Comissão de Saúde do Congresso dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, por maioria absoluta, o parecer sobre o projeto de lei que cria a Agência Estatal de Saúde Pública, com os únicos votos contra de Vox.

Desta forma, o Congresso deu o primeiro passo na tramitação da criação da Agência Estatal de Saúde Pública, que deverá ser votada na sessão plenária da próxima semana, após os grupos terem rejeitado vários pacotes de emendas.

Assim, a Comissão começou com a decisão de vários grupos de retirar algumas de suas emendas, conforme anunciado por seus porta-vozes. A deputada do Junts, Pilar Calvo, foi a primeira a falar em apoio ao texto.

"Faremos isso por causa de todas essas modificações que foram feitas no texto, mas, como sempre, estaremos atentos para garantir que o respeito às competências, do qual muitas vezes sentimos tanta falta, continue a existir hoje, amanhã e sempre", enfatizou.

Etna Estrems, membro do ERC, disse que eles estarão "exaustivamente" vigilantes para garantir que as competências da Catalunha sejam respeitadas. "Para nós, isso é essencial", acrescentou.

UMA LEI "APRIMORADA" PELO ATUAL GOVERNO

Por sua vez, a deputada do Sumar, Alda Recas, destacou que se trata de uma lei herdada do governo anterior e que "o Ministério, liderado por Mónica García e Javier Padilla, conseguiu torná-la própria, melhorando-a com rigor, colaboração e evidências".

"Parece que fizemos isso de propósito, mas atualmente faz apenas cinco anos que a pandemia foi declarada e hoje esperamos que esta Comissão aprove uma lei relacionada às situações futuras que, sem dúvida, vamos viver", acrescentou Recas.

Da mesma forma, a deputada do PSOE, Alba Soldevilla, enfatizou que a Agência "não é apenas uma medida técnica, mas um compromisso com o futuro, uma estrutura que nos permitirá antecipar e agir rapidamente nas crises de saúde que possam surgir".

Soldevilla também enfatizou que esse projeto de lei inclui a abordagem 'One Health': "Porque está claro que a saúde humana, a saúde animal e a saúde ambiental estão interconectadas. A saúde também depende de determinantes sociais. Não basta prevenir doenças, é preciso gerar saúde e reduzir as desigualdades para que todas as pessoas tenham o direito de alcançar o mesmo nível de saúde".

ESTOQUE DE MEDICAMENTOS

Durante seu discurso, a membro do PP Maribel Sánchez defendeu a emenda de seu grupo, que foi posteriormente rejeitada, para que a Agência tenha uma reserva estratégica de medicamentos e produtos de saúde.

"A criação de uma reserva é uma medida preventiva fundamental para evitar que a escassez afete os pacientes. Ela complementa outras medidas para incentivar a diversificação na cadeia de suprimentos para evitar altos níveis de dependência e combater o risco de falta de estoque. Ela também garantirá eventuais lacunas na produção ou na logística", disse Sánchez.

Em outro ponto, o deputado da Vox, David García, lamentou que a Agência tenha nascido como uma "resposta unificada, nacional e coordenada", mas ele considera que, com a aprovação desse parecer, as 17 regiões autônomas "farão o que quiserem".

"Não podemos coordenar nada ou organizar nada se tivermos que voltar à mesma coisa, consultar 17 conselheiros de saúde. Que coordenação rápida vamos ter se, no final, cada um vai fazer o que quiser, como foi feito em 2020", disse o deputado da Vox.

ADAPTAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE A AMEAÇAS COMO A PANDEMIA

Assim, a Agência dá mais um passo em direção à sua criação. Em janeiro de 2024, o Conselho de Ministros aprovou o projeto de lei para a criação da Agência Estatal de Saúde Pública (AESAP). Essa agência tem o objetivo de modernizar e unir os sistemas de monitoramento do estado de saúde da população e dos problemas e riscos que ela enfrenta.

Além disso, a Agência tem como objetivo estabelecer as bases para adaptar o sistema de saúde a ameaças, como a pandemia da Covid-19, e antecipá-las. Além de melhorar a coordenação e a colaboração com a comunidade científica, o setor, as administrações e as instituições para monitorar e acompanhar as diferentes estratégias de resposta.

Com relação à localização da sede da AESAP, há várias cidades candidatas a recebê-la, embora a decisão caiba ao Ministério da Política Territorial.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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