Publicado 17/09/2025 14:41

O Congresso aprova um relatório que recomenda a humanização da saúde mental e o aumento do número de funcionários no NHS

Archivo - Arquivo - Fachada do Congresso dos Deputados, 19 de setembro de 2023, em Madri (Espanha).
Marcos Villaoslada - Europa Press - Archivo

MADRID 17 set. (EUROPA PRESS) -

A sessão plenária do Congresso dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o relatório aprovado pela Subcomissão para melhorar a proteção, promoção e atenção integral à saúde mental que, entre outros pontos, recomenda a humanização dos processos de atenção à saúde mental, bem como o aumento do número de profissionais no Sistema Nacional de Saúde (SNS).

O relatório foi aprovado com 313 votos a favor e 33 contra, todos da Vox. O relatório também foi rejeitado, com 309 votos contra e 35 a favor, um voto privado da Vox, que foi defendido pelo deputado David García. "O relatório contém palavras vazias, recomendações vazias, declarações de intenção que poderiam ser aplicadas amanhã. Se houvesse vontade política, mas não há", disse García, que propôs uma assistência à saúde mental que falasse de "laços familiares, amor, maternidade e paternidade, comunidade, transcendência e raízes".

Esse é um documento elaborado pela Subcomissão para melhorar a proteção, a promoção e a atenção integral à saúde mental. A Subcomissão foi criada dentro da Comissão de Saúde por acordo do Plenário do Congresso dos Deputados adotado em 1º de abril de 2024. Desde sua criação, ela se reuniu formalmente em dez ocasiões para organizar o trabalho e a elaboração e aprovação do relatório. Um total de 40 especialistas compareceram às reuniões.

"Há uma piora no bem-estar da população e um aumento na prevalência dos principais problemas de saúde mental, tanto na população infantil e adolescente quanto na população adulta, e é muito importante enfrentá-los o mais rápido possível", enfatizou o presidente do Comitê de Saúde, Agustín Santos, que apresentou o documento na Câmara dos Deputados.

O relatório recomenda, entre outras coisas, o aumento do número de profissionais de saúde por meio do aumento do número de locais de treinamento especializado (PIR, MIR, EIR) e seu credenciamento no sistema de saúde.

Também aconselha a correção dos índices de profissionais em comparação com outros países vizinhos, com "atenção especial" à incorporação de postos credenciados de psicologia clínica, aumentando-os progressivamente até que atinjam os necessários para atender a todas as necessidades de saúde mental.

DETERMINANTES SOCIAIS, COMO MORADIA E TRABALHO

O texto inclui recomendações relacionadas a ações sobre os determinantes sociais da saúde e mais saúde mental em todas as políticas. Dessa forma, o texto indica que o progresso será feito "prioritariamente" em outras políticas que são determinantes da saúde mental, como moradia e trabalho.

Ele também faz recomendações relacionadas a um modelo de saúde mental centrado nas pessoas, com foco nos direitos e na prevenção do suicídio, comprometido com a humanização dos processos e serviços de atendimento.

Também sugere recomendações relacionadas à informação, ao conhecimento e à disseminação da situação da saúde mental. Nesse sentido, aconselha o aprimoramento das informações existentes sobre saúde mental para o gerenciamento da saúde e a análise epidemiológica e a promoção da interoperabilidade das informações de saúde sobre saúde mental para melhorar a prestação de serviços de saúde mental e a adequação das medidas de promoção e prevenção.

O trabalho também visa melhorar a qualidade dos dados de mortalidade por suicídio para garantir a classificação correta dos episódios (evitando diagnósticos incorretos e subdiagnósticos).

"O GOVERNO NÃO VAI FAZER NADA".

Em seu discurso, a deputada do PSOE, Carmen Andrés, argumentou que esse relatório "não deve permanecer como letra morta", pois "quatro em cada dez pessoas na Espanha que sofrem de problemas de saúde mental estão esperando por ele". As 260.000 ligações para o 024 em dois anos, 500 ligações por dia, e as 3.846 vidas destruídas por suicídio em 2024 exigem isso".

Por sua vez, a deputada do PP María del Mar Vázquez acusou o fato de que, após a aprovação do relatório, "o governo não vai fazer nada". "Para pegar esse roteiro e materializá-lo na forma de medidas concretas é preciso liderança, que a Ministra da Saúde não tem. Ela é uma ministra fraca no Conselho de Ministros e, mesmo com o documento em mãos, não vai tomar nenhuma medida além de um anúncio ou uma manchete", criticou Vázquez.

Para os "populares", a saúde mental não melhora com manchetes ou discursos eloquentes: "Ela não é resolvida com anúncios de fumaça e espelhos. São necessárias ações e recursos reais, políticas reais e não gestos".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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