Publicado 09/12/2025 13:53

O Congresso aborda a reforma da classificação profissional para permitir que enfermeiros e fisioterapeutas tenham acesso ao grupo A

Membros do Parlamento da Cantábria saindo de uma sessão plenária, no Congresso dos Deputados, em 9 de dezembro de 2025, em Madri (Espanha). A sessão plenária do Congresso dos Deputados debate hoje um projeto de lei do PP que propõe que, no caso de uma cri
Eduardo Parra - Europa Press

A iniciativa foi proposta pelo Parlamento de Cantabria.

MADRID, 9 dez. (EUROPA PRESS) -

O Plenário do Congresso debateu nesta terça-feira a consideração de um projeto de lei para eliminar a divisão entre os subgrupos A1 e A2 do Estatuto Básico do Funcionário Público (EBEP) e criar um único grupo A para diplomas ou equivalentes, de modo que enfermeiros e fisioterapeutas deixariam o subgrupo A2 em que estão atualmente e passariam para o grupo A.

A iniciativa, proposta pelo Parlamento da Cantábria, visa alterar o Real Decreto Legislativo 5/2015, que aprova o texto revisado da Lei do Estatuto Básico do Funcionário Público. Essa iniciativa propõe a reforma do artigo 76, que estabelece uma classificação profissional dos funcionários públicos de carreira em enfermagem e fisioterapia. Dessa forma, propõe que, para o acesso aos órgãos ou escalas do grupo A, seja exigida a posse de um diploma universitário ou equivalente.

Durante sua defesa, Miguel Ángel Vargas (PP), membro do Parlamento da Cantábria, explicou que a atual classificação profissional é obsoleta, pois não é coerente e não respeita a nova estrutura de títulos universitários implementada após o Plano de Estudos Universitários de Bolonha, que homogeneíza todos os títulos universitários no chamado Grau Universitário.

A consequência dessa classificação perpetua, com uma denominação diferente (subgrupo A1 e subgrupo A2), a antiga diferenciação entre os graus universitários de graduação e diploma (antigos grupos A e B), o que significa uma "classificação incorreta" do grau de Enfermagem, Fisioterapia e outros graus dentro do subgrupo A2.

"Com títulos de mesma duração, de mesma complexidade, eles ocupam graus diferentes dentro da classificação do funcionalismo público. Portanto, é uma questão que precisa ser levantada", disse Vargas.

Nesse sentido, a deputada do Parlamento da Cantábria Paula Fernández (PRC), que também defendeu a iniciativa, enfatizou que "não é compreensível nem aceitável" que persista uma interpretação jurídica que mantenha essa discriminação. Ela acrescentou: "Considerar algumas profissões como meros colaboradores de outras profissões supostamente superiores e negar-lhes sua própria entidade".

Fernández também indicou que o projeto de lei propõe a criação de um grupo A plus que inclui qualificações de seis anos: "Um reconhecimento específico, como tem sido historicamente o caso".

Por sua vez, o membro do Parlamento da Cantábria, Raúl Pesquera (PSOE), lembrou que os enfermeiros representam 30% dos funcionários públicos dos serviços de saúde: "É o maior grupo, é o grupo que mais cuida de nós, portanto, temos que levá-los em consideração, ou sim, ou sim", destacou.

RECONHECIMENTO PROFISSIONAL DOS TÉCNICOS DE SAÚDE SÊNIOR

A proposta recebeu uma emenda apresentada pelo Podemos Cantabria e defendida por Noemí Santana, que propõe que a reforma do Estatuto Básico dos Funcionários Públicos inclua também o reconhecimento profissional dos técnicos de saúde sênior (TSS), "um grupo essencial que há mais de 18 anos exige justiça no local de trabalho", já que eles ainda estão classificados no grupo C1, o mesmo dos bacharéis, quando "a lei estabeleceu desde 2007 que eles deveriam estar no grupo B".

Assim, sua emenda pede a ativação do grupo B por meio de uma disposição adicional que obriga todas as administrações a criá-lo e a reclassificar os TSS em um prazo máximo de 12 meses, adaptando também seus salários e funções.

ALTERAÇÃO DO ESTATUTO DA ESTRUTURA

A deputada do Sumar, Alda Recas, defendeu a reclassificação dos enfermeiros e fisioterapeutas, mas optou por realizá-la por meio da modificação do Estatuto Marco dos profissionais do Sistema Nacional de Saúde, que está sendo redigido atualmente.

"A decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde de abrir esse melão, que na minha opinião está muito maduro, e trabalhar nele para, entre outras coisas, classificar os profissionais, todos eles. Assim, eles serão classificados de acordo com os créditos de treinamento", disse ele.

"Todos os TCAs estarão em um grupo, os técnicos sênior em outro, os enfermeiros em outro, os enfermeiros especialistas em outro, os graduados em outro e os médicos no grupo oito, que é o grupo mais alto, porque eles têm mais créditos", explicou.

Nesse contexto, a deputada do PP, Llanos De Luna, também afirmou que essa reclassificação deve ser vista no Estatuto da Estrutura; no entanto, ela lamentou que o texto apresentado pelo Ministério da Saúde seja "um documento ruim", porque, em sua opinião, as comunidades autônomas não foram consultadas.

"Também não contaram com dois ministérios fundamentais, como o Ministério da Administração Pública e o Ministério das Finanças, porque há toda uma questão econômica no centro da questão, bem como a classificação dos diferentes funcionários públicos. Esse texto não agradou a ninguém e não responde às necessidades atuais", criticou.

"SÓ TERIA SIDO ADMISSÍVEL TENDO EM MENTE OS FUTUROS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS".

Por fim, o deputado da Vox, José María Sánchez, rejeitou a iniciativa porque, como ele apontou, o texto apresentado propõe a reclassificação de todos os corpos e escalas em um único grupo A, e não apenas de enfermeiros e fisioterapeutas.

"Isso só seria admissível pensando nos futuros funcionários públicos, mas não fundindo em um único grupo aqueles que já são funcionários públicos e tornando iguais em direitos aqueles que obtiveram acesso a órgãos cuja seleção exige testes diferentes. Isso não é possível, porque é contrário ao mérito e à capacidade que devem reger a seleção no serviço público, de acordo com a Constituição", concluiu.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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