MADRID 14 jul. (EUROPA PRESS) -
O Centro Nacional de Pesquisa do Câncer da Espanha (CNIO) e a empresa Highlight Therapeutics uniram forças para criar um novo ensaio clínico com o objetivo de encontrar um tratamento para o carcinoma basocelular, o câncer de pele mais comum, que afeta mais de quatro milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano.
Durante o projeto, a Higlights Therapeutics será responsável pelo ensaio clínico nos diferentes hospitais, enquanto o CNIO analisará o mecanismo de ação do composto BO-112, bem como definirá marcadores de resposta, combinando biópsias de pacientes com diferentes modelos experimentais de câncer de pele.
O estudo será financiado com quase três milhões de euros pelo Ministério da Ciência, Inovação e Universidades, e deverá durar até 2027.
"Esse projeto é uma colaboração natural entre a Highlight Therapeutics e o CNIO, uma colaboração que combina conhecimentos clínicos e científicos para explorar novos tratamentos para o câncer de pele. Sem dúvida, ele beneficiará ambas as partes e poderá servir de base para futuros testes clínicos e outros desenvolvimentos terapêuticos", disse a CEO da Higlight Therapeutics, Marisol Quintero.
Ela ainda ressaltou que vários testes realizados nos últimos anos demonstraram que o BO-112 funciona como "um alarme que desperta as defesas do corpo" e as induz a "atacar" as células tumorais; outros estudos independentes realizados em mais de 20 centros clínicos em vários países também apoiaram o uso do BO-112 como uma nova estratégia para tratar diferentes tumores resistentes à imunoterapia.
Esse composto foi desenvolvido a partir do BO-110, criado por parte da equipe do CNIO liderada pela pesquisadora Marisol Soengas em 2009, quando descobriram que ele poderia induzir a autodigestão de células de melanoma, fazendo-as acreditar que haviam sido infectadas por um vírus, um resultado que foi publicado na capa da revista "Cancer Cell" e que levou à criação da primeira empresa spin-off do CNIO, a Bioncotech Therapeutics, que mais tarde evoluiu para a Highlight Therapeutics, que criou o BO-112.
"É motivo de orgulho que minha pesquisa tenha se tornado um medicamento (...) O BO-110 nos surpreendeu com sua capacidade de atacar células tumorais, mas foi ainda mais interessante quando demonstramos uma atividade potente no sistema imunológico", disse Soengas.
Finalmente, ele enfatizou que a empresa já tem seis testes em desenvolvimento em pacientes e que esse sétimo teste clínico busca gerar terapias alternativas contra um tumor cuja incidência "dobra" a cada 25 anos.
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