Alejandro Martínez Vélez - Europa Press
O Plano detalha os critérios clínicos, os testes específicos e a coordenação entre os níveis de atendimento.
MADRID, 12 dez. (EUROPA PRESS) -
O Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde (CISNS) aprovou nesta sexta-feira o Modelo de Plano de Acompanhamento Individualizado para Sobreviventes de Longo Prazo de Câncer Infantil, que estabelece um modelo de atendimento estruturado, homogêneo e coordenado para pessoas que superaram o câncer diagnosticado na infância, em resposta ao aumento sustentado da sobrevida de longo prazo devido aos avanços no diagnóstico e tratamento.
De acordo com vários estudos, os principais obstáculos detectados até o momento no acompanhamento dessas pessoas foram a falta de coordenação do atendimento, a falta de definição da pessoa clinicamente responsável pelo acompanhamento e a existência de necessidades psicossociais não atendidas.
Assim, o modelo aprovado se baseia em cinco áreas de intervenção: acompanhamento médico com o objetivo de gerenciar os efeitos tardios e a prevenção terciária; apoio psicológico contínuo; reabilitação social, incluindo aspectos educacionais e de emprego; empoderamento do paciente; e coordenação multidisciplinar entre os prestadores de cuidados.
O Plano de Acompanhamento Individualizado (PIS) é um documento complementar ao relatório de alta hospitalar e está estruturado em dois blocos. O Bloco I contém a situação atual do paciente, com informações detalhadas sobre o diagnóstico, os tratamentos recebidos, os efeitos colaterais, o acompanhamento por outras especialidades, o atendimento psicológico e social, a avaliação da fertilidade e do desenvolvimento puberal, a participação em estudos clínicos, se houver, os diagnósticos de enfermagem, bem como os detalhes de contato do profissional de ligação e do farmacêutico hospitalar.
O Bloco II define as próximas etapas do acompanhamento, com um cronograma de consultas e exames acordado entre as equipes do hospital e da atenção primária. Inclui controles analíticos, triagem oncológica, exames oftalmológicos, endócrinos, cardiológicos, neurocognitivos e de crescimento, bem como diretrizes específicas de acordo com o tratamento recebido e o risco individual.
O documento também inclui indicações sobre encaminhamento para serviços de fisioterapia ou reabilitação, atendimento psicológico especializado, serviço social e aconselhamento genético em casos indicados. Contém também uma lista exaustiva de possíveis efeitos colaterais a médio e longo prazo, como diminuição da densidade mineral óssea, alterações na tireoide, cardiotoxicidade, dificuldades neurológicas, problemas de fertilidade, astenia ou linfedema, entre outros. Para cada um deles, as recomendações para o paciente e as possíveis ações clínicas são detalhadas de acordo com critérios profissionais.
Por fim, o plano inclui uma série de recomendações gerais destinadas a pacientes e cuidadores. Elas incluem manter um peso adequado, seguir uma dieta baseada na dieta mediterrânea, adaptar a atividade física ao estado de saúde do paciente, evitar o consumo de álcool e tabaco, usar protetor solar e prestar atenção aos sinais clínicos que podem indicar uma recaída ou o surgimento de um segundo tumor.
Ele também fornece links para recursos informativos do Ministério da Saúde e oferece informações sobre associações de pacientes e apoio disponível na comunidade.
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