MADRID, 20 nov. (EUROPA PRESS) -
O Conselho Geral de Enfermeiros (CGE) advertiu que na Espanha faltam 20.000 enfermeiros especializados em pediatria, além dos 13.500 que já existem, para poder oferecer o melhor atendimento a todos os menores, e por isso pediu às administrações que fortaleçam e apoiem esses profissionais.
"Há anos estamos alertando sobre o problema de não termos enfermeiras especializadas para tratar nossas crianças. Os enfermeiros pediátricos devem estar presentes desde o início da vida e são uma figura essencial para a detecção, prevenção e tratamento de doenças ou problemas de saúde em crianças", disse o presidente do Conselho Geral de Enfermeiros, Florentino Pérez Raya.
No Dia Mundial da Criança, o CGE, juntamente com a Federação Espanhola de Associações de Enfermagem Pediátrica (FEDAEP), a Associação Espanhola de Enfermagem Pediátrica (AEEP) e a Sociedade Espanhola de Enfermagem Neonatal (SEEN), criticou o fato de que ainda existem comunidades autônomas onde a categoria profissional de enfermeiro pediátrico ainda não está em vigor, o que dificulta a estimativa dos recursos necessários e dilui a especialização desses enfermeiros, que, apesar de sua formação, acabam trabalhando como generalistas.
"O maior problema é que apenas uma pequena porcentagem trabalha como especialista, o que é um desperdício de recursos e qualificações e, mais importante, tira as oportunidades de as crianças receberem cuidados dos profissionais mais qualificados", disse Diana Flórez, presidente da FEDAEP.
Nesse contexto, o Conselho Geral de Enfermagem e as três sociedades científicas defenderam a continuidade da luta pelo desenvolvimento da especialidade de enfermagem pediátrica e exigiram um aumento no número de vagas de EIR (enfermeiro residente interno) e a oferta de lacunas estruturais em todos os níveis de atendimento, inclusive no ambiente escolar.
"Com especial ênfase, pedimos aos responsáveis, tanto em nível nacional quanto regional, que se comprometam a alcançar a real implementação da especialidade de pediatria, com o compromisso de que 'Onde há uma criança, há um enfermeiro especialista em pediatria'", ressaltaram.
CHAVE PARA A SAÚDE DAS CRIANÇAS
A presidente da AEEP, Isabel Morales, destacou o papel fundamental do enfermeiro pediátrico na abordagem da saúde dos menores, pois ele pode contribuir para a promoção da saúde, a prevenção de doenças e o atendimento a crianças e adolescentes.
Ela também destacou o trabalho educativo e informativo que eles realizam com as famílias e as crianças, o que ajuda, por exemplo, a garantir a adesão ao tratamento, a minimizar eventos adversos em ambientes hospitalares ou a aliviar a desinformação, orientando e explicando os processos.
Nesse sentido, a presidente do SEEN, Leticia Bazo, acrescentou que esses profissionais também participam do cuidado de recém-nascidos e, em particular, representam a "primeira linha de garantia" de segurança, qualidade e humanização, que "marcará sua saúde futura para toda a vida".
Diana Flórez considerou essencial que as famílias estejam cientes da existência de enfermeiros especializados e que, portanto, "internalizem que a população infantil merece e tem direito a esse atendimento especializado e de qualidade".
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