MADRID 10 mar. (EUROPA PRESS) -
A Confederação Espanhola de Sindicatos Médicos (CESM) solicitou uma reunião com a ministra do Trabalho e da Economia Social, Yolanda Díaz, para informá-la sobre o "agravamento" das condições de trabalho dos profissionais que representa o projeto de Estatuto Marco, um texto que causou rejeição generalizada entre os médicos e que levou a inúmeras manifestações contra o Ministério da Saúde.
A organização solicitou a Díaz que se envolva no processo de negociação do documento para "evitar" que o pessoal médico e de saúde seja "discriminado" em relação às melhorias de emprego que a própria ministra "está defendendo para todos os trabalhadores", enfatizando que, enquanto Díaz "está lutando para reduzir a jornada de trabalho dos trabalhadores para 35 horas", a Saúde "quer aprovar um regulamento que discrimina os médicos e o pessoal de saúde, impondo uma jornada de trabalho muito mais longa do que o resto dos trabalhadores".
A esse respeito, a confederação explicou que os médicos têm uma semana de trabalho de até 48 horas por semestre, às quais podem ser acrescentadas 150 horas adicionais da chamada "jornada de trabalho especial", e às quais deve ser acrescentado o plantão, que é "tempo de trabalho extra e obrigatório que tem um regulamento especial", e que não considera que deva ser pago como hora extra ou ser contado como tempo trabalhado para fins de aposentadoria.
Essa situação levou o CESM, juntamente com o Sindicato Médico da Andaluzia (SMA), a registrar no Congresso dos Deputados um pedido de reunião com todos os grupos parlamentares representados na Câmara dos Deputados, para que possam abordar o projeto de Estatuto Marco e, assim, transmitir sua rejeição, buscando que, caso o texto passe pelos procedimentos necessários para chegar ao seu debate e votação, os líderes políticos "tenham todas as informações disponíveis" para fazê-lo. O Grupo Parlamentar Popular os receberá nesta terça-feira no Congresso.
O CESM, em coordenação com a SMA, convocou uma nova manifestação para o dia 22 de março em Madri, para a qual convidou todos os profissionais do Sistema Nacional de Saúde, e o primeiro dia de greve será realizado em 23 de maio.
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