Publicado 22/12/2025 10:48

CESM e SMA denunciam o "completo descaso" da Saúde pelos médicos na última versão do Estatuto Marco

Archivo - Arquivo - CESM e SMA lamentam "total falta" de disposição para negociar a greve de sexta-feira do Ministério da Saúde
CESM Y SMA - Arquivo

Ministério acusado de apresentar um documento anti-médico

MADRID, 22 dez. (EUROPA PRESS) -

A Confederação Espanhola de Sindicatos Médicos (CESM) e o Sindicato Médico Andaluz (SMA) rejeitaram a última versão do projeto de Marco Estatutário apresentado pelo Ministério da Saúde, que consideram um "retrocesso total" que prejudica os direitos dos médicos e mostra o "desprezo total" da ministra e de sua equipe pela profissão médica.

Os sindicatos denunciam que se trata de uma regulamentação que agrava questões fundamentais e que vai impor diretamente um estatuto "contra o médico". Para as organizações, o objetivo do Ministério é beneficiar os grupos e sindicatos mais próximos de seu perfil ideológico. "Enquanto defendemos um estatuto para os médicos, o ministério está tentando impor um estatuto anti-médico", reclamam.

De acordo com os sindicatos em um comunicado, a última minuta torna "mais necessária do que nunca" uma mesa de negociações para uma regulamentação que regule as condições de trabalho dos médicos, já que o que é proposto é "penalizador" para o médico. "Não inclui nenhuma área específica e é feito contra o médico e seus direitos trabalhistas, portanto, o apoio a esse texto apoiaria os maus-tratos atuais e futuros aos médicos", acrescentam.

Sobre esse ponto, argumentam que, em termos de classificação profissional, a Health não levou em conta nenhuma de suas reivindicações em defesa do médico e voltou a uma classificação "ainda pior" do que a apresentada no anteprojeto de janeiro de 2025.

"Além de considerar os técnicos superiores de EFP como uma profissão de saúde qualificada - por meio de uma disposição adicional -, não melhora nenhuma das profissões de saúde e é acompanhado por um acordo que se pretende impor em que apenas a remuneração básica (salário e triênios) dos grupos de técnicos é aumentada, sem esclarecer como será estruturado o aumento dos outros grupos e sem aceitar o aumento do complemento de destino, que deve ser correlativo a qualquer mudança de grupo e que está na proposta de remuneração do CESM", apontam.

As organizações destacam que é "sangrento" que se mantenha o sistema de três tipos de jornada de trabalho: ordinária, de plantão e especial. Em sua opinião, isso perpetuará a sobrecarga e o caráter obrigatório que já existiam no estatuto atual.

Na mesma linha, ressaltam que o texto não acolhe nenhuma das reivindicações relativas à jornada de trabalho constantes da proposta de estatuto próprio do médico. "Não há limitação da jornada ordinária de trabalho - que pode ser de 24 horas diárias -; o plantão continua sendo obrigatório, não é considerado hora extra, continua sendo remunerado com valor inferior ao da hora ordinária e não conta para a aposentadoria; tampouco há menção a uma regulamentação para o plantão", criticam.

INCOMPATIBILIDADES DISCRIMINATÓRIAS COM MÉDICOS

Além disso, para os sindicatos, é mantido um sistema de incompatibilidades "totalmente discriminatório" contra os médicos, pois se aplica a cargos intermediários e, além disso, devido à obrigação de respeitar o sistema de intervalos de descanso, "mais rígido do que o de qualquer outro funcionário público", acrescentam.

Eles também destacam que o texto apela para a imposição de mobilidade forçada ou mobilidade por motivos de serviço. O CESM e a SMA deixam claro que a mobilidade forçada é um tipo de mobilidade que afeta quase exclusivamente os médicos, razão pela qual tentaram retirá-la do anteprojeto em todas as alegações e propostas apresentadas. "Embora tenha havido avanços em minutas anteriores, elas foram retiradas como punição ao médico, sem que nenhum dos outros sindicatos tenha defendido essas propostas. Além disso, o grau 5 da carreira profissional proposto no primeiro texto foi retirado", destacam.

GREVE NACIONAL POR TEMPO INDETERMINADO CONTINUA SENDO CONVOCADA

Por outro lado, a única coisa que eles consideram um "pequeno avanço" é a aposentadoria parcial. No entanto, eles denunciam que suas demandas por aposentadoria antecipada e a declaração da medicina como uma profissão de risco associada a ela estão sendo ignoradas.

Diante dessa situação, ambas as organizações afirmam que continuam firmes em suas reivindicações em defesa do coletivo e que, diante da falta de acordo, nos próximos dias anunciarão as próximas datas para a greve nacional por tempo indeterminado que convocaram.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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