Ricardo Rubio - Europa Press
MADRID 12 dez. (EUROPA PRESS) -
A Confederação Espanhola de Sindicatos Médicos (CESM) expressou sua satisfação com o nível nacional "esmagador" da greve de quatro dias contra o projeto de Estatuto Marco, observando que os números ficaram entre 80 e 90% em todo o território, o que demonstra tanto o "sucesso" da convocação quanto a "rejeição unânime" da profissão ao projeto de regulamentação ministerial.
A organização sindical detalhou que, apesar da implementação de serviços mínimos "abusivos" e das tentativas da Administração de neutralizar o conflito, milhares de profissionais saíram às ruas nas inúmeras manifestações convocadas e nas portas dos centros de saúde para exigir melhorias em suas condições de trabalho que lhes permitam trabalhar de forma digna no sistema de saúde.
Para o CESM, a resposta dada pelos profissionais médicos à convocação do comitê de greve, que forma junto com o Sindicato Médico Andaluz (SMA), deve levar o Ministério da Saúde a uma reflexão sincera e a aceitar que o grupo não está disposto a manter um estatuto-quadro que trata os médicos de forma diferente dos demais profissionais do Sistema Nacional de Saúde (SNS).
Além disso, o sindicato salientou que a imposição de serviços mínimos "abusivos" para esses dias, alguns dos quais foram denunciados pelos sindicatos regionais nos tribunais, incentivou ainda mais profissionais a apoiar a greve.
Em vista do exposto, a Confederação reiterou que a única maneira de encerrar esse conflito é "abandonar as conversas vazias e protelatórias" para chegar a "acordos reais" com o coletivo que atendam às demandas da profissão.
Entre elas estão a possibilidade de os médicos serem interlocutores diretos da Administração; a disposição de ter uma classificação profissional de acordo com o treinamento e a responsabilidade; a impossibilidade de serem usados para preencher lacunas com regulamentos de mobilidade forçada; e a proibição de discriminação na jornada de trabalho, no regime de incompatibilidade ou na aposentadoria, bem como a exigência de que a medicina seja reconhecida como uma profissão de risco.
Por fim, o CESM agradeceu a todos os profissionais que se mobilizaram nessa campanha contra o projeto de Estatuto Marco e abriu as portas para novas convocações para continuar exigindo melhorias que permitam aos médicos trabalhar em condições dignas e prestar o melhor atendimento possível à população.
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