Publicado 25/04/2025 08:28

A CESIDA saúda o fato de que as pessoas com HIV agora podem ter acesso aos T-CARs, pondo fim a uma "exclusão injusta".

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MADRID 25 abr. (EUROPA PRESS) -

A Coordenadora Estadual de HIV e AIDS (CESIDA) saudou a recente decisão do Ministério da Saúde de suspender as restrições que impediam o acesso de pessoas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) às terapias CAR-T contra o câncer, pondo fim a uma "exclusão injusta".

O Ministério da Saúde anunciou na sexta-feira que atualizou os protocolos farmacoclínicos e os critérios de financiamento dos medicamentos da terapia CAR-T disponíveis para o Sistema Nacional de Saúde (NHS) para permitir que pessoas com infecção por HIV e carga viral indetectável tenham acesso a eles.

"Essa decisão põe fim a uma exclusão injusta e demonstra a importância de incluir as pessoas com HIV na pesquisa e no desenvolvimento de medicamentos desde o início, especialmente em tratamentos tão cruciais como a oncologia", disse o presidente da CESIDA, Reyes Velayos.

Na Espanha, existem sete medicamentos de terapia CAR-T autorizados e comercializados, que começaram a ser incorporados ao NHS em 2019 sob um protocolo rigoroso, devido à sua complexidade e alto custo. Portanto, até agora, o acesso era limitado a pessoas que atendiam a determinados critérios clínicos, excluindo pessoas com HIV devido à falta de estudos para apoiar sua segurança e eficácia nesse grupo.

"Ficamos sabendo dessa discriminação em 2021, após o caso de um paciente que teve o acesso negado", explicou Ramón Espacio, membro da CESIDA e presidente da plataforma na época. "Desde então, temos trabalhado para entender a origem do problema, reunindo informações técnicas, científicas e jurídicas, e conversando com profissionais da área clínica, de gestão de saúde e da indústria farmacêutica", disse ele.

Nesse sentido, ele denunciou a exclusão sistemática de pessoas com HIV de ensaios clínicos, algo que, segundo ele, acontece "com frequência" em pesquisas cujo objetivo principal não é o tratamento do vírus, mas de outras doenças, como o câncer nesse caso, e que tem "consequências graves" para a equidade na saúde.

O CESIDA agradece que o trabalho conjunto com outros atores no campo da saúde, e no âmbito do Pacto Social pela Não Discriminação e Igualdade de Tratamento associada ao HIV, tenha conseguido reverter essa situação.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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